Economia

Pandemia não é momento de pagar dívidas vencidas, diz especialista

Os Feirões Limpa Nome são uma das opções para quem quer pagar as dívidas e limpar o nome. Mas será que esse é o momento para deixar as contas em dia?

Não é o momento para renegociar as dívidas em feirões, segundo Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.

Para o especialista, se as finanças da família estão sendo afetadas com a crise, possivelmente não conseguirá honrar com a negociação feita no feirão.

Em meio à pandemia, precisamos priorizar a sobrevivência: educação, saúde e alimentação. Não é o momento para pagar dívidas vencidas e regularizar seu nome.

Quais os cuidados ao entrar em feirões? Ao renegociar as dívidas, segundo Ivan Sanches, educador financeiro, é preciso avaliar se as parcelas caberão no seu orçamento.

O cidadão não deve comprometer parte significativa de sua renda para esse tipo de acordo. Tem de ser algo que caiba nas receitas.

“Só se deve buscar a renegociação de dívidas quando tiver condições de pagar, ou seja, após conhecer as suas finanças e se planejar. Um passo precipitado pode até piorar a situação”, orienta Domingos.

Veja dicas para avaliar antes de aderir a renegociações

Antes de fazer novos acordos é preciso conhecer alguns pontos importantes.

1- Vida financeira – Reinaldo Domingos diz que é necessário repensar a vida financeira de toda família para poder pagar a dívida. Caso contrário, será apenas um paliativo.

2- Organizar as finanças – Ele alerta que anotar o orçamento permite eliminar gastos desnecessários.

“Faça um diagnóstico financeiro, ou seja, identifique exatamente quais são seus ganhos e gastos mensais. Com os números em mãos, elimine despesas supérfluas ou desnecessárias”, diz Domingos.

Ele também aconselha a ir para negociação somente quando souber o quanto terá disponível mensalmente para pagar.

3- Conhecer todas as dívidas – Segundo Domingos, colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possui ajuda a ir se preparado para a negociação.

“É importante ter noção do valor aproximado da dívida total para poder solicitar um bom desconto”, completa Ivan Sanches.

4- Prioridades nas dívidas básicas – De acordo com Domingos, contas de energia elétrica, água e moradia devem ser priorizadas, assim como as de maior incidência de juros, como cheque especial e cartão de crédito.

5- Negocie para ter bons descontos – Se já tiver alguma reserva financeira para quitar a dívida é possível obter descontos no valor total.

Se não conseguir, poupe mensalmente as rendas extras, como o 13º salário, para voltar a negociar em breve”, comenta Domingos.

Sanches diz para “solicitar o abatimento dos juros e todas as correções”.

Pode ser uma solução ganha-ganha, em que ambos saem ganhando. O credor recebe uma parte da dívida que considerava ‘perdida’ e o devedor limpa o nome.

“O credor também quer receber, então ele abre mão de uma parte da dívida e toma um menor prejuízo”, finaliza Sanches.

R7

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