Política

Maia admite: não há votos para adiar eleição

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a defender o adiamento das eleições municipais deste ano, previstas para outubro, em razão da pandemia de Covid-19, mas afirmou que “ainda não há votos” na Câmara para aprovar a matéria.

A falta de consenso sobre o assunto foi objeto de advertência do deputado Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara e presidente nacional do partido Republicanos, durante entrevista há uma semana.

Pereira disse ainda que grande parte das siglas defende a manutenção da eleição e a criação de regra que não puna o eleitor de mais de 60 anos ou integrante do grupo de risco que não vote.

O Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 18/20) que prevê que o pleito seja realizado nos dias 15 e 29 de novembro. Maia considera legítimo que os parlamentares defendam a manutenção da data das eleições, mas criticou os prefeitos que pressionam os deputados a não alterarem a data.

Maia atacou os prefeitos, que, segundo ele, querem recursos para combater a pandemia, mas não querem adiar as eleições em razão da crise sanitária. “É interessante a pressão de prefeitos por recursos porque a pandemia atinge os municípios com alto número de infectados, a economia caindo e ao mesmo tempo, uma pressão pelo não adiamento. Se não precisa adiar a eleição, é porque não tem mais crise nos municípios”, afirmou.

Maia diz estar dialogando com os líderes para avançar na proposta de adiamento das eleições. “A eleição não pode estar à frente de salvar vidas e proteger as famílias brasileiras”, defendeu.

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