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Voluntariado – por André Aguiar

VOLUNTARIADO

Semana próxima passada celebramos o dia do Voluntariado, esse chamado a todo aquele que se dedica a alguma coisa sem ter a obrigação de fazer, trabalham voluntariamente.

No Brasil foi criada uma Lei que regulamenta e define o serviço voluntariado como a “atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.” (Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, alterada pela Lei nº 13.297, de 16 de junho de 2016).

O que se sabe é que o Voluntariado não nasceu recentemente, existe, portanto, desde os primórdios nas civilizações egípcias, por exemplo, que tinham um severo código moral com base na justiça social. Tais leis encorajavam as pessoas ao trabalho voluntário, como, por exemplo, transportar uma pessoa pobre para o outro lado do rio, sem cobrar.

“Na antiga Índia, o imperador budista Asoka (aproximadamente 274-232 A.C.) proporcionou instalações médicas, mandou que fossem cavados poços e, já preocupado com o meio ambiente numa época remota, plantou árvores para o deleite do povo.

Na antiga sociedade grega, viajantes recebiam tanto comida como abrigo nas casas dos ricos, ou então partilhavam a hospitalidade de camponeses.

Os profetas judeus foram os pioneiros das modernas organizações promotoras de campanhas. Trabalhavam incansavelmente pela justiça social, política e econômica e pressionaram seus governos a modificar as práticas políticas e administrativas. A ideia de dar esmolas também era muito difundida.

“Na época romana, o direito a milho grátis ou barato dependia da cidadania e era hereditária, passando de pai para filho.”

No mundo islâmico, a filantropia foi usada para montar grandes hospitais. “Exemplos remotos de fundos de miséria também partiram do islamismo, quando pacientes indigente recebiam cinco peças de ouro assim que recebesse alta.”

Mas foi a partir do Cristianismo que o serviço voluntário, através do Dom da Caridade, nas primeiras igrejas cristãs (leia-se católicas) criaram fundos para apoio às viúvas, órfãos, enfermos, pobres, deficientes e prisioneiro, ganhando, com efeito, um novo sentido.

Segundo revelam os dados do último “Anuário Estatístico da Igreja”, publicado pela Agência Fides por ocasião da Jornada Missionária, a Igreja administra 115.352 Institutos sanitários, de assistência e beneficência em todo o mundo. Deste número, 5.167 hospitais (a maior parte na América, 1.493 e 1.298 na África); 17.322 dispensários a maioria na África, 5.256, América 5.137 e Ásia 3.760; 648 leprosários distribuídos principalmente na Ásia (322) e África (229); 15.699 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes – Europa (8.200) e América (3.815); 10.124 orfanatrófios, principalmente na Ásia (3.980) e América (2.418); 11.596 jardins da infância, a maior parte na América (3.661) e Ásia (3.441); 14.744 consultores matrimoniais, distribuídos no continente americano (5.636) e Europa (6.173); 3.663 centros de educação e reeducação social, além de 36.386 instituições de outros tipos.

No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 73.263 escolas maternais frequentadas por 6.963.669 alunos; 96.822 escolas primárias para 32.254.204 alunos; 45.699 Institutos secundários para 19.407.417 alunos. Além disto, acompanha 2.309.797 alunos das escolas superiores e 2.727.940 estudantes universitários.

Os Institutos de beneficência e assistência administrados pela Igreja incluem: 5.034 hospitais com as presenças maiores na América e África; 16.627 dispensários, na maior parte na África, América e Ásia; 611 leprosários distribuídos principalmente na Ásia e África;15.518 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes, na maior parte na Europa e América; 9.770 orfanatos na maior parte na Ásia;12.082 jardins de infância com maior número na Ásia e América;14.391 consultórios matrimoniais, na maior parte na América e Europa;3.896 centros de educação e reeducação social;38.256 instituições de outro tipo.

Mas os números não conseguem talvez, traduzir a alegria de ser Voluntário, nem tão pouco da religião professada importa, de ser rico ou pobre, vai muito além de tudo isso…, haja vista que, ser esse instrumento do bem para o outro, os grandes beneficiados, são muitas vezes o que exerce o serviço, aquele que se coloca a disposição do outro. Somos, por assim dizer, como um simples “cano” ou um “dreno”, que faz chegar a quem precisa a água da vida, da esperança, da caridade e que ao se deixar passar, ser esse canal, desses benefícios, carregam de certa forma também, as nossas mais profundas misérias, somos por assim dizer purificados, irrigados, desobstruídos. Não há palavras para traduzir essa feliz sensação, diria realização, somente experimentando, aderindo e sendo VOLUNTÁRIO.

Salve o Voluntariado!!!

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