Sua Saúde

Veja algumas dicas para manter o ânimo em tempos difíceis

Todo mundo tem aquele dia que está mais quieto, sem vontade de fazer as coisas, sair ou até mesmo conversar com alguém. O desânimo, assim como a tristeza, faz parte da vida e em momentos de incertezas podem ser mais comuns devido ao medo e a insegurança.

A palavra ânimo vem do latim animus, que significa a alma, a sede dos pensamentos, das emoções. Em português também ganhou o significado de força de vontade, de um estado onde a pessoa está motivada ou positiva. Recuperar o sentido de animus como a alma, a mente e o coração podem nos ajudar nesses momentos, mas precisam ser cuidados com delicadeza, criando formas que possam conversar entre si.

Assim como cuidamos da saúde do corpo, prevenindo doenças e buscando minimizar efeitos de um resfriado ou uma enxaqueca, por exemplo, devemos cuidar da nossa saúde mental também, prevenindo ou minimizando problemas que possam vir. Manter o ânimo em tempos de crise é fundamental para passar por ela da forma mais branda possível. Por isso, buscamos algumas dicas básicas e simples com especialistas para te ajudar a não deixar a peteca cair quando o mundo parecer ruir.

1. Reconheça seu valor

Explore suas qualidades, reconheça seus dons e talentos e procure adaptar essas qualidades na sua rotina diária ante a crise e com as pessoas mais próximas a você. Reconheça o seu valor pelas suas qualidades e o quanto você pode ser útil para você mesmo e para os outros. Muitas vezes na correria diária, deixamos passar essas qualidades e deixamos de reconhecer o quão especial somos.

2. Mantenha-se ocupado

Procure ocupar todo o seu tempo com atividades. Manter-se ocupado diminui as possibilidades de perder o ânimo. Em tempos de crise é extremamente importante você manter a mente sempre ocupada para não dar espaço a pensamentos nocivos e que podem levar você não só ao desamino, mas a tristeza e até depressão, além de ficar uma pessoa mais produtiva e positiva.

3. Faça exercícios físicos

Você já deve ter ouvido falar que exercícios físicos são aliados do corpo e da mente. E não é balela, eles realmente funcionam e melhoram o humor. Umestudo do JAMA Psychiatry, publicação científica da Associação Médica Americana, constatou que exercícios de musculação constantes reduziram significativamente os sintomas em pacientes depressivos. Você pode combinar exercícios de musculação com aeróbicos como caminhada, corrida, dança ou natação, por exemplo.

4. Desligue-se um pouco do noticiário

Somos bombardeados com informações o tempo inteiro e em todos os canais que temos acesso: televisão, internet, celular. Absorver todo esse conteúdo nos fornece uma carga negativa muito grande, muitas vezes nos deixando tristes, com medo, desesperança e pânico. Então, cuide-se e desligue a TV, selecione o que vai ver no computador ou celular. Escolha um momento do dia para atualizar-se das notícias e determine um tempo para isso, 10, 15 ou 20 minutos, por exemplo.

5. Isso também vai passar

Seja qual for a crise ou o problema, não irá durar para sempre. É muito importante ter isso em mente. Teremos muitos momentos em que vamos nos sentir desanimados, às vezes tristes, mas se conseguirmos pensarmos diferente, seja no começo ou no fim do dia, por exemplo, realinhar as ideias, não se desesperar e até estimular pensamentos positivos, que isso vai passar, que tudo vai dar certo, que estamos fazendo o máximo que podemos, diminuiremos os momentos de infelicidade e tensão.

6. Saiba quando ficar alerta

Para não adoecer, precisamos dar lugar ao que estamos sentindo e pensando. Quando se percebe que se sente desanimado com muita frequência, dificuldades frequentes para dormir ou acordar (com o confinamento e mudança repentina de rotinas, é normal desregular o sono por um tempo), falta de apetite, nenhum interesse por contatos com outras pessoas ou por realizar alguma atividade, é preciso ficar em alerta e procurar ajuda. O mais indicado seria procurar um profissional da área de saúde mental, um psiquiatra ou psicólogo. Também sentimentos de ansiedade que criam constante desconforto, que parecem sem solução, são sinais que exigem uma atenção maior. Hoje todos os psicólogos podem realizar os atendimentos de forma online, na dúvida, não hesite, procure realmente uma avaliação de um profissional que entende e pode te ajudar.

7. Queda na produção é normal

É normal não conseguir ser muito produtivo em tempos difíceis, devido ao estado de apreensão, pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo e com muito medo. Temos dificuldade em manter o foco.

Então, não precisa se cobrar, querer uma produtividade como você tinha antes da crise. O ideal (e que deveria haver), é um relaxamento primário, ficar em calma para poder enxergar a situação de cima e a partir disso, começar as intervenções para que você consiga melhorar a sua produtividade.

 

 

Fontes: uol – Magda Khouri, psicóloga, diretora de atendimento à comunidade da SBPSP; Alexandre Bez, psicólogo, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami e especialista em ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia; Luiz Scocca, psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da USP e membro da Associação Americana de Psiquiatria e Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência do comportamento e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME). – foto gazeta do povo

 

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