Diante da grave crise econômica que o país sofre, com todas as rejeições e críticas à presidente Dilma Rousseff, que não são poucas, é impossível que o Partido do Trabalhadores em níveis municipais e estaduais não sofram com as insatisfações que vertiginosamente afetam todos os filiados ao partido. A nossa presidente infelizmente não cumpriu com suas promessas de campanha, muito pelo contrário, as medidas tomadas pelo governo federal, os reajustes fiscais e os preços dos serviços e de produtos essenciais básicos como: energia; gasolina e etc, só fizeram com que a popularidade da petista despencasse de forma drástica e calamitosa. Porém, acredito que nossa presidente se viu num “beco sem saída” ao tomar tais medidas, pois, vivemos em uma época que em tempos de campanha eleitoral vale-tudo, mais tudo mesmo, pela conquista do poder, até a inobservância e a irresponsabilidade de elaborar um plano de governo baseado em “certas promessas” que obviamente a presidente e seus auxiliares ,em seus íntimos, tinham certeza absoluta que não conseguiriam cumpri-las. Afora todos os escândalos de corrupção na maior empresa petrolífera do país, envolvendo empreiteiras e dirigentes da mais alta cúpula no PT nacional, quando ainda, os envolvidos no caso do mensalão estão no cumprimento de suas penas e conseguindo as progressões concedidas pelo sistema judiciário brasileiro. Ou seja, é muito escândalo, é muita corrupção para um partido só, mas não se enganem, porque nessa mar de lama que se tornou nossa capital federal, tão bem arquitetada e planejada por Oscar Niemeyer. Tucanos, Democratas, Progressistas, Liberais, Republicanos e tantos outros também estão sujos neste mesmo mangue federal. Acho que devido a termos tanta gente envolvida, temos uma oposição tão fraca no Congresso Nacional, temos um líder da oposição no senado , que por sinal é do nosso estado incapaz de realizar um discussão que realmente chame a atenção e que as pessoas se identifiquem, se limita a fazer um discurso na tribuna do senado que não surte efeito algum e só quem responde é o presidente estadual do PT na Paraíba, muito pouco para um líder de bancada no Senado Federal. A sociedade brasileira já não se identifica com nenhum partido político, com nenhum ideal político o que faz com que a descrença do povo brasileiro só aumente, e quando temos a oportunidade de mudar algo como a “Reforma Política” só temos mais decepção. Culpa da Dilma? Eu diria que não! Culpa do sistema eleitoral brasileiro falido e ultrapassado, ou alguém acha que se o Aécio Neves fosse presidente hoje ele não estaria sofrendo a mesma rejeição? Eu digo que sim, por que ele seria obrigado a tomar as mesmas medidas fiscais “duras” que a Dilma tomou, e aumentado os impostos da mesma forma, pois, o país já vinha em crise há muito tempo, ela só não tinha chegado ao seu estopim. O que quero dizer com tudo isso, é que o perfil do gestor público que vêm ganhando pontos com o eleitorado brasileiro está mudando, principalmente para os cargos do executivo, pois, no legislativo as “raposas velhas” continuam a comandar o país, sempre renovando com seus sucessores “jovens” mas com as mesmas práticas antigas e ultrapassadas, e de certa forma o Executivo Nacional acaba se tornando refém da Câmara e do Senado Federal. Mas podemos ver essa mudança de perfil nitidamente nos cargos do executivo a níveis municipal e estadual. Aqui na Paraíba, por exemplo, temos um governador que não agrada muito a grande massa popular, é taxado de chato, de intransigente, de ditador e de outros adjetivos que eu, por não conhece-lo a fundo, não sei se condiz com a verdade, mas que, com tudo isso “contra” já está no seu 11° ano a frente de cargos executivos, 6 anos como prefeito de João Pessoa e 5 anos como governador do Estado, com seu estilo próprio de governar é competente no que faz, porque se não o fosse não estaria fazendo história no Estado, e não adianta negar, está fazendo história sim porque tem trabalhado e entregado obras, além de estar no seu segundo mandato a frente do executivo estadual e vem se tornando uma referência regional do Nordeste. Muitos podem até não concordar porque não veem a grandeza e a qualidade de seus adversários, falo isso como um simples cidadão que busca um pouco de informação antes de atacar A ou B, e por sinal, para os pensam que sou eleitor de Ricardo Coutinho não sou, votei em Ricardo nas eleições municipais em João Pessoa, justamente por me identificar com estilo de gestão mais séria e menos demagoga, mas para governo do Estado não votei nele porque achava que ainda não estava preparado para o cargo, e ainda bem que estava enganado. Mas deixemos o governador de lado e como diz o seu próprio slogan “deixa o mago trabalhar” e voltemos a questão do PT, agora aqui na Paraíba. Temos um presidente estadual do PT que gosta de aparecer na mídia, pois, todas as críticas feitas a presidente e algumas delas com fundamento, portanto, impossíveis de não se reconhecer, o presidente nega, faz questão de chamar os holofotes pra si mesmo e em certos momentos acaba prejudicando ainda mais o partido já calejado de tanta podridão. Bem diferente do discurso da principal liderança do Partido dos Trabalhadores aqui na Paraíba, o prefeito Luciano Cartaxo, que em suas declarações sempre minimiza as questões de disputa da politica nacional e se concentra nas ações de sua gestão aqui na capital, que apesar da crise nacional do Partido e do país, o prefeito vem realizando uma boa gestão com inaugurações de obras semanalmente nos mais variados bairros da capital. São unidades habitacionais, Centros de Referência da Educação Infantil, Unidades de Saúde da Família que já foram entregues nos bairros onde a necessidade dessas obras eram prioridade, dessa forma Luciano cresce a cidade em extensão territorial e em qualidade de vida para as pessoas quando leva obras como essas para bairros distantes e necessitados, como na comunidade quilombola, a construção de apartamentos em Gramame, obras que levam até a população toda infraestrutura básica de moradia, saúde e lazer. É o que me faz voltar a falar no novo perfil do gestor público, que consegue deixar a política, mesmo ela estando pegando fogo, de lado e ter a serenidade e tranquilidade para continuar gerindo o Estado ou Município. Não estou afirmando que Cartaxo e Coutinho sejam iguais, muito pelo contrário, são estilos bem diferentes de gestão e de se fazer política, mas no quesito deixar um pouco a política de lado para gerir e cuidar das obrigações de gestor, os dois tem essa característica, o que é um ponto positivo para as gestões, porém, há muitas falhas sim, pois ninguém consegue fazer tudo que é necessário, mas o importante é fazer o essencial, esse é o novo perfil do gestor brasileiro. Tomara que surja um novo perfil de parlamentar brasileiro também, o país e a população agradece.
