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RC: “O povo não quer mais retrocesso”

A garantia de manter a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) como patrimônio público estadual foi confirmada nesta terça feira (04), durante entrevista coletiva, pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), mas sua permanência nesse patamar vai depender, sobretudo, da reflexão da população. O alerta também foi feito pelo próprio governador.

A Companhia, atualmente, apresenta superávit.

Segundo o governador, cortes serão necessários para viabilizar a empresa e torná-la produtiva e inatingível no governo dos próximos sucessores, mas será a população que decidirá se essa máxima será uma certeza pelos próximos anos.

“Ela só será inatingível se ela mantiver esse superávit. Por que qual será o argumento de alguém que venha dizer que vai privatizar uma companhia que dá lucro? Eu vou privatizar o que é essencial para o povo? Que trata a população de uma forma social com tarifas diferenciadas e que está no crescente de viabilidade financeira e econômica? Nós não podemos achar que estamos tomando essa medida pensando em reajuste. Estamos negociando reajuste para 90% da categoria, portanto, a lógica agora é a defesa da companhia, fazer com que ela fique mais eficiente, eficaz e equilibrada e que ela dê conta da tarefa que está aí, que são 26 obras engasgadas na Caixa Econômica Federal”, disse.

Indagado se a promessa de não privatizar estaria mantida também no próximo Governo, caso o PSB eleja um sucessor, Coutinho disse que sim, e adiantou que vai colocar o pé na estrada para fazer com que a continuidade do projeto se estabeleça também no próximo mandato a partir de uma reflexão da própria população.

Ele deixou claro que o que está em jogo não é um nome, mas os avanços, o desenvolvimento alcançado nos últimos seis anos. Em suma, conforme o governador, a análise será entre o que era a Paraíba de ontem e o que é a Paraíba de hoje.

“Vou lutar, vou colocar meu conga no pé e vou andar muito por aí para poder falar com as pessoas e refletir com elas sobre algo que é essencial, quero refletir sobre o que era a Paraíba e o que ela é hoje. Eu não vejo como o povo queira aquilo que signifique o retrocesso. O povo não quer mais retrocesso. Espero que este mesmo povo nos dê possibilidade de dar continuidade a esse projeto, com outro comandante, que responderá por si. Nosso partido, nosso conjunto de forças, lutará para defender o fortalecimento do Estado, para defender esse modelo, a exemplo da Cagepa, que seja feito e controlado pelo estado. A nossa posição é manter essa posição de não privatização”, disse.

E arrematou: “Eu não concebo que alguém que venha da nossa continuidade tenha uma postura diferente dessa, e não terá”.

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