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Dólar sobe e supera R$ 3,90 de olho no mercado internacional

O dólar subia e já operava acima de R$ 3,90 nesta segunda-feira (10), de olho no mercado internacional em meio às preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e com o enfraquecimento econômico global.

Às 11:30, o dólar avançava 0,58%, a R$ 3,9130 reais, depois de fechar a sexta-feira (7) em alta de 0,39%, pelo quarto dia seguido, a R$ 3,8902.

“Dado que não temos muito o que esperar no curto prazo (no mercado local), estamos ligados ao externo. E não acredito que o investidor esteja colocando muito prêmio”, disse o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado ao destacar que pontos importantes, como a reforma da Previdência, só devem ocorrer no próximo ano.

Os investidores estão cautelosos com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que ganhou um adicional com a prisão de executiva da empresa chinesa Huawei, o que levanta preocupações de que a trégua acertada entre os presidentes das duas nações no G20 não sirva para se chegar de fato a um acordo.

Há ainda a preocupação sobre a desaceleração econômica mundial, sobretudo depois que a China mostrou exportações e importações crescendo muito menos do que se esperava em novembro, já refletindo o desaquecimento gerado pela briga comercial e que tem o agravante de que o país registrou maior superávit com os Estados Unidos no mês passado.

O dólar operava em alta ante a cesta de moedas e ante outras divisas de países emergentes, como o rand sul-africano.

Internamente, o foco se voltava para as denúncias envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito e filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, que podem impactar o futuro governo.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 10,373 bilhões de dólares.

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