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Chile cede à esquerda e opta por nova Constituição

No domingo 25, os cidadãos do Chile que participaram do plebiscito decidiram que o país terá uma nova Constituição. Com 99,7% das urnas apuradas, os resultados apontavam 78,2% dos votos a favor de outra Carta Magna. Além disso, 79% preferiram que o texto seja debatido por uma nova comissão a ser eleita posteriormente. A próxima etapa será eleger os membros desse colegiado. E, posteriormente, o texto será submetido a outra consulta popular, prevista para 2022. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, elogiou o processo eleitoral. “Hoje, triunfaram a cidadania, a democracia e a paz sobre a violência”, anunciou, pouco depois do resultado. “Uma nova Constituição nunca parte do zero”, acrescentou o presidente.

A ideia de uma nova Constituição surgiu depois que protestos violentos organizados pela esquerda se espalharam pelo país, em outubro de 2019. Acuado, Piñera acenou aos manifestantes com medidas sociais. Contudo, foi pressionado pela classe política a convocar o plebiscito, de modo a alterar a Carta Magna em vigor, aprovada no regime do general Augusto Pinochet.

Quem defende a manutenção do pacto social garante que ele deu estabilidade econômica ao país. E que alterações podem ser inseridas através de emendas, não sendo necessária uma mudança radical, como propõs o plebiscito de domingo. Já aqueles que querem uma nova carta afirmam que o texto redigido no governo Pinochet estimula desigualdades sociais.

R.O – Cristyan Costa

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