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Brasília pode viver dias violentos

Depois de ser provocada por partidos de esquerda a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) enviou comunicado ao governo do Distrito Federal condenando o uso “excessivo” da força por parte da Polícia Militar para reprimir protestos e manifestações em Brasília.

Do mesmo modo, pediu a punição contra os policiais que fizeram uso de arma de fogo durante a violenta manifestação convocada pelas centrais sindicais que destruiu Brasília no último dia 24 de maio na Esplanada dos Ministérios.

Na última manifestação ocorrida em Brasília, um grupo de cinco PMs foi encurralado por uma turba de violentos “black blocks” que usam pedras, paus e bombas caseiras. Os polícias sem coletes, sem escudos e sem armas não letais tentam se livrar das agressões. Dois deles fizeram o uso da arma de fogo. Os PMs estão respondendo inquérito sobre o caso.

Na vez passada cerca de 500 ônibus de turismo equipados com ar condicionados (alguns trazendo instrumentos que seriam utilizados como armam que foram apreendidas pela polícia), foram alugados pelos sindicatos ligados as Centrais Sindicais para transportar manifestantes de diferentes regiões do país à Brasília para protestar contra as reformas Trabalhistas e da Previdência, além de exigir a renúncia do presidente Michel Temer.

Desta vez, de acordo com informações apuradas por Radar,  a PM manterá efetivo próximo ao Tribunal Superior Eleitoral que inicia o processo de votação da chapa Dilma / Temer nesta terça-feira. Alguns ônibus que chegaram a Brasília ontem foram vistoriados e a operação da PM focará a área entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Não haverá revista e nem bloqueio do Transito. Pelo monitoramento realizado pela Secretaria de Segurança a presença de manifestantes em Brasília para este evento é bem menor do que na vez passada.

A Polícia Militar do Distrito Federal irá realizar um esquema especial de segurança devido a votação da cassação da chapa presidencial Dilma/ Temer que será realizado nos próximos dias no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O esquema teve início a partir das 23 horas de ontem (5 de junho), com a montagem dos postos de controle de trânsito, isolando a área do TSE.

A votação está prevista para ocorrer em três dias, 6, 7 e 8 de junho. No dia 6 a sessão de votação inicia-se às 19 horas. No dia 7 a sessão está marcada para as 9 horas da manhã, no dia 8 haverá uma sessão pela manhã e outra com início às 19 horas. O foco do policiamento será a praça dos tribunais superiores, embaixadas próximas e no Congresso Nacional. Não haverá fechamento das vias na Esplanada.

Serão utilizados cerca de mil policial militares, incluindo os policiais militares de unidades especializadas. A PMDF ainda terá tropa nos quartéis pronta para emprego gradual em caso de necessidade.

A previsão inicial de público é entre 5 e 10 mil pessoas. Antes mesmo do início do esquema de segurança nas áreas dos tribunais superiores, a Polícia Militar já está acompanhando desde ontem (5 de junho), as principais vias de acesso ao Distrito Federal, monitorando e abordando ônibus. Até o momento, quatro ônibus já estão na cidade, na área de acampamento (estacionamento do Estádio Mané Garrincha).

 

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