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Min. da Saude: Joao Pessoa é a penúltima capital em cosumo de álcool em excesso

Costuma tomar bebida alcoólica e perder o controle de si? Fica sem lembrar do que aconteceu na noite anterior? Então você provavelmente compõe uma estatística divulgada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (17/4). De acordo com a pasta, das 27 Capitais, Joao Pessoa é a penúltima capital do país onde mais se consome álcool de forma abusiva. A primeira é Salvador, seguida de Cuiaba (segunda), Palmas (terceira) e Brasilia (quarta).

O consumo é considerado abusivo quando se ingere mais de quatro doses puras de álcool, no caso das mulheres; ou cinco doses, no caso dos homens.

O último grupo, inclusive, é líder no quesito. Segundo o estudo do Ministério da Saúde, 31,3% dos homens assumiram ser adeptos da prática. Já entre as mulheres, a taxa ficou em 15,1%.

A faixa etária também assume um papel nesse tipo de consumo. Os jovens entre 25 e 34 anos são os que mais bebem em excesso (25,8%), seguidos pelos que têm entre 18 e 24 anos (22,1%).

Riscos à saúde

De acordo com o neuropsiquiatra Fábio Leite, o consumo excessivo de álcool traz riscos: “O primeiro deles é a possibilidade de se chegar a um quadro de dependência. Se a pessoa tem esse comportamento com muita frequência, vai sentir abstinência quando não puder beber”, explica.

O médico também alerta para o uso do álcool como manifestação de outras doenças, a exemplo do transtorno bipolar e da depressão. De acordo com o médico, a bebida pode ser utilizada como expressão dessas patologias e, nesses casos, corre o risco de “mascarar” os sintomas dos transtornos.

Já vi um caso de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) em que a pessoa primeiro bebia uma cerveja todo dia. Depois, passou a beber duas até que chegou a um ponto em que não podia mais parar.“

Fábio Leite, neuropsiquiatra

Leite explica que as pessoas com o hábito de consumir muito álcool devem tomar alguns cuidados para evitar uma possível dependência. O primeiro é saber se existem casos de alcoolismo no histórico familiar. Também é necessário analisar se a ingestão de bebidas atrapalha o desempenho das tarefas diárias.

“Existe uma cultura ligada ao álcool. Muitos pacientes não conseguem enxergar que estão consumindo bebidas de maneira excessiva porque esse comportamento é comum no grupo de amigos em que eles estão inseridos. O mais prudente é perguntar para um amigo que não bebe: ‘Você acha que estou bebendo muito?’. E se essa prática estiver atrapalhando sua vida pessoal, é hora de repensar”, finaliza o neuropsiquiatra.

Álcool e direção

A neurologista Bruna Lima, explica como o consumo de bebidas incapacita os motoristas. “O álcool é legalizado, mas não é inocente e traz consequências. Os reflexos do motorista embriagado ficam extremamente diminuídos. A gente perde a capacidade de se defender e de proteger os outros”, esclarece. A médica também alerta sobre os riscos permanentes que o consumo excessivo e frequente de álcool pode trazer, como danos nos nervos e problemas em diversos órgãos do corpo, doenças como gastrite e cirrose hepática.

Redacao com Metropoles

 

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