Caso Padre Zé

Justiça mantém prisão de padre Egídio e ex-diretoras do hospital Padre Zé

A Justiça da Paraíba manteve a prisão do padre Egídio de Carvalho Neto e das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), suspeitos de envolvimento no esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital. 

A decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida foi determinada nesta segunda-feira (4).

De acordo com o desembargador, os pedidos feitos pelos suspeitos buscavam adequar as decisões à tese da defesa e não resolver possíveis erros.

“Os embargos declaratórios buscam deliberadamente a rediscussão de matérias já conhecidas e monocraticamente julgadas por este Relator, além de pretender a adequação do julgado a tese da defesa, e não sanar vícios porventura existentes no acórdão hostilizado”, afirmou.

Em relação a prisão de Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas, o desembargador afirma que não há contradição na determinação das prisões preventivas, pelas provas levantadas pelo Ministério Público que apontam indícios de autoria de crimes supostamente envolvendo as suspeitas.

Na decisão, o desembargador também aponta que Jannyne Dantas não tem direito à prisão domiciliar, apesar da defesa apontar que a situação dela seria equivalente a de Amanda Duarte, que teve direito a prisão domiciliar por ter um bebê e ser lactante.

Quanto a prisão de Egídio de Carvalho, o desembargador destaca que o Gaeco busca descobrir como informações à respeito da vida privada, principalmente sobre a condição de saúde, do suspeito foram vazadas.

Em relação ao pedido de prisão domiciliar, a Justiça compreende que ele não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais. E afirmou ainda que o suspeito “não comprovou que o tratamento para a diabetes, hipertensão ou depressão seria impossível de ser prestado por profissionais qualificados, no âmbito do sistema prisional onde atualmente se encontra”, afirma na decisão.

O que dizem os investigados. A defesa de Padre Egídio afirmou que irá recorrer aos Tribunais Superiores e do ponto de vista da defesa, a prisão do padre “nada mais é do que uma verdadeira antecipação de pena , vedada pelo ordenamento processual penal Brasileiro”, disse em nota.

Em nota, a defesa de Amanda Duarte e Jannyne Dantas afirmou que a declaração do desembargador apenas esclareceu “pontos obscuros e contraditórios da decisão que decretou a prisão preventiva”. “Levaremos os reclames aos tribunais superiores no momento oportuno”, informou.

Fonte: Notícia Paraíba

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