O presidente Jair Bolsonaro (PSL) destacou, na manhã desta segunda-feira (7/1), a importância do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, na definição dos rumos do governo. Na cerimônia de posse dos presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente pregou uma complementaridade no perfil os dois.
“Eu entendo de política, mas Paulo Guedes entende muito mais de economia”, disse o presidente em evento realizado no Palácio do Planalto, sede do governo federal.
Na sequência, Bolsonaro destacou a autonomia de Guedes na condução econômica ao mencionar que conheceu Joaquim Levy, novo presidente do BNDES, minutos antes da posse.
“Na reunião informal há pouco, em minha sala, onde apertei a mão de Joaquim Levy pela primeira vez, perguntei a ele: o Brasil vai dar certo?’ A resposta foi como bater um pênalti sem goleiro: ‘Se não fosse dar certo, não estaria aqui”, contou Bolsonaro sobre o contato com o ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Num primeiro momento, pela relação de Levy com os governos do PT – ele também foi secretário do Tesouro na administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nomeações – O Diário Oficial da União publicou, em edição extra na última quarta-feira (2/1), a nomeação Rubem Novaes como novo presidente do Banco do Brasil e de Pedro Guimarães, da Caixa Econômica Federal.
Joaquim Levy, que assumiu a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuava como diretor financeiro do Banco Mundial, em Washington, desde o início de 2016.’
Os presidentes anteriores dos bancos públicos eram Marcelo Augusto Dutra Labuto, à frente do Banco do Brasil desde novembro de 2018, quando o então presidente, Paulo Cafarelli, pediu demissão, e Nelson Antonio de Souza, que dirigia a Caixa desde abril. O ex-ministro do Planejamento Dyogo Oliveira estava à frente do BNDES desde abril.
Perfil dos executivos:
Rubem Novaes, do Banco do Brasil: PhD em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), já foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Pedro Guimarães, da Caixa: PhD em economia pela Universidade de Rochester (Estados Unidos), seu trabalho analisou os processos de privatização no Brasil. É sócio-diretor do banco Brasil Plural, grupo financeiro fundado em 2009 que atua no mercado de capitais.
Joaquim Levy, do BNDES: PhD em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), já foi ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT), foi diretor do Banco Mundial.