Filho único de um empresário paraibano e de uma dona de casa, José Eugênio Soares, que posteriormente ficou conhecido como Jô Soares, nasceu no dia 1 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Na infância, sonhava em ser diplomata e chegou a estudar na Suíça para alcançar esse objetivo. A veia artística, no entanto, falou mais alto e Jô se destacou não só como ator, mas também como apresentador, escritor, diretor e, claro, humorista. O multitalentoso artista morreu na madrugada desta sexta-feira, 5, aos 84 anos, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o final de julho. A estreia de Jô na televisão aconteceu em 1956 em “Praça da Alegria”, que era exibido pela Record TV. Após 10 anos na atração, o ator protagonizou a única novela da sua carreira, uma comédia chamada “Ceará Contra 007”. Já em 1967, o artista entrou para o elenco de “Família Trapo” e, além de interpretar o atrapalhado mordomo Gordon, roteirizou a produção com Carlos Alberto de Nóbrega. Esse foi o último trabalho do humorista na Record. A estreia na Globo aconteceu em 1971, no humorístico “Faça Humor, Não Faça Guerra”.
Nos anos seguintes, ele participou de outros programas de humor na casa e, como roteirista, esteve envolvido em “Planeta dos Homens”, uma série cinematográfica que satirizava o sucesso “Planeta dos Macacos”. Em 1981, Jô estrelou uma das atrações mais marcantes de sua carreira, o “Viva o Gordo”, seu primeiro programa solo. Ainda na década de 80, fez participações em “Chico Anysio Show” e no “Plunct, Plact, Zuum”. Também fazia comentários no “Jornal da Globo”. A primeira oportunidade como apresentador foi no SBTem 1988, quando comandou o talk show “Jô Soares Onze e Meia”. A atração ficou no ar por mais de 10 anos e chegou ao fim em 1999. O ano seguinte marcou o retorno de Jô a Globo, desta vez também como apresentador. De 2000 a 2016, ele comandou o “Programa do Jô”, que fez um verdadeiro sucesso nas noites da emissora e se tornou um dos seus trabalhos mais marcantes. A aparição mais recente na TV foi em uma participação como comentarista do programa “Debate Final”, do Fox Sports, sobre a Copa do Mundo. Como escritor, Jô lançou 10 livros, entre eles: “O Xangô de Baker Street”, “O Astronauta Sem Regime”, “As Esganadas” e dois volumes de “O Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada”.