Os líderes do governo e da oposição, respectivamente, Marco Antônio (PPS) e Raoni Mendes (PTB), não estão mais conseguindo realizar o bom debate na Câmara Municipal de João Pessoa. As discordâncias sobre a gestão municipal estão ultrapassando os limites da disputa política no legislativo e parece se transformar em conflito pessoal. Hoje (08), durante a sessão ordinária, ambos se acusaram de covardia e protagonizaram um novo embate que precisou da intervenção dos demais colegas.
“Vossa execelência não aguenta o debate, e quem confirma presença e não vai é um covarde”, disse Raoni sobre a suposta ausência de Marco Antônio num debate previamente marcado em uma emissora de rádio local. “Quero pedir desculpas aos que acharam que eu me exaltei, mas não retiro uma só palavra”, completou em seu pronunciamento na tribuna. “Corvarde é o senhor. Nunca me furtei ao debate. Coragem me sobra”, rebateu Marco Antônio.
Vários outros parlamentares como Benilton Lucena e Bira Pereira (PSD), Zezinho Botafogo (PSB) e Bosquinho (DEM) também comentaram o tema e pediram cautela aos pares. O democrata, inclusive, pediu a retirada da palavra “covarde” da ata da Casa.
Em meio à polêmica, Raoni relembrou uma declaração do vereador Renato Martins (PSB) que sugeriu ontem (07) a realização de uma prova aos vereadores da Capital antes de assumir o cargo no legislativo. A declaração foi uma reação às frequentes rejeições de seus requerimentos na Câmara Municipal e uma provocação ao líder do governo. O assunto, endossado por Zezinho, acabou se tornando motivo de um novo debate com o vereador Sérgio da Sac sobre o nível de escolaridade dos parlamentares.
Chamando o feito à ordem, o presidente da Casa, Durval Ferreira (PP), destacou que é preciso mais calma por parte dos vereadores e destacou que a Casa não é a Câmara Federal que questiona o mandato de parlamentares baseados em sua educação. “Todas as pessoas que estão aqui têm capacidade e competência para ser vereador”.
Durval também convocou uma reunião com todos os parlamentares após às 11h, na próxima terça-feira (13). “Vamos ter uma conversa e não quero cercear a palavra de nenhum vereador, mas se for preciso vamos fazer isso”.
Redação com ParlamentoPB