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UEPB: “Espero que a UEPB viva calçando o sapato que dê no seu pé”
O governador Ricardo Coutinho (PSB) criticou a greve dos docentes da Universidade Estadual da Paraíba, afirmando que o problema não é nos repasses do duodécimo feitos pelo governo do Estado e sim na gestão da UEPB.
Segundo ele, em todos os anos do seu governo houve aumento no duodécimo para a Universidade.
– Não entendo autonomia como tutela. A UEPB, em todos os anos do meu governo, teve aumento no duodécimo. Saímos de R$ 18 milhões para R$ 307 milhões. Ou seja, o problema não está no duodécimo, o problema está dentro da Universidade e ela, com a sua autonomia, tem que resolver. Tem que chamar todo mundo, funcionário, professor e estudante e confessar as coisas. Imagine se tivéssemos de uma forma tão fácil um aumento de receita, sem que você tenha algo mais pra gastar? Não se abriu um curso no meu governo. Não tive a oportunidade de abrir um curso. É só dinheiro, dinheiro, dinheiro, mas o dinheiro é do povo e não do governador. O dinheiro é do mesmo povo que tem ter água distribuída, que tem que ter o Hospital de Trauma atendendo, que tem que ter a polícia nas ruas sem precisar fazer cotinha para colocar gasolina nas viaturas. Não dá pra aumentar o duodécimo e, ao chegar no fim do ano, eu ter que pagar o 13° dos servidores e dos professores. Isso é inadmissível – criticou.
Ricardo afirmou ainda que no meio do ano vai pagar a primeira parcela do 13° dos professores, afirmando que consegue fazer isso porque há planejamento.
– No mês de junho vou pagar a metade do 13° igual com os funcionários públicos. Como é que pode? Planejando. Você tem que viver o que dinheiro que tem. Os duodécimos da Paraíba, antes do meu governo, não eram assim. No meu governo é linear. Todos os meses você sabe quanto recebe. ‘Ah’ se eu tivesse esse direito de governar sabendo o que vou receber no mês de maio. Seja lá quanto o Estado receba eu tenho que garantir os duodécimos. Ou seja, se diminuir, eu que me vire. Eu tenho que mandar o dinheiro. Agora não é justo que se receba esse dinheiro e o que era 70% de folha de pessoal, hoje já está 85%. Pra isso se tem autonomia e ninguém pode meter a colher, mas e o dinheiro, como é que faz? Espero que a UEPB, usando a sua autonomia, chame todos os setores e realmente viva calçando o sapato que dê no seu pé, que aumentou bastante de número ao passar de R$ 180 milhões para R$ 307 milhões – explanou.
Secom