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‘Toplessaço’ tem mais curiosos que seios descobertos no Rio

Marcado para as 10h, em Ipanema, 1ª manifestante só chegou às 11h.
Evento marcado em rede social tinha 50 mil convidados.

topless4O ‘Toplessaço’, protesto convocado em uma rede social para um topless coletivo na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, atraiu mais curiosos que manifestantes na manhã deste sábado (21). Marcado para as 10h, na altura da Rua Joana Angélica, a primeira manifestante só chegou depois das 11h e, por volta das 11h30, apenas mais três mulheres haviam se juntado a ela.

O evento, marcado no Facebook para 50 mil convidados, ficou oculto para o público por conta da “enxurrada de machismo”, segundo a atriz e organizadora Ana Rios. Na sexta (20), voltou a ser público — e a ser alvo de ataques.

A proposta do encontro era promover um debate sobre a não-criminalização da nudez feminina e decretar o “fim da repressão policial sobre os corpos”.

Origem do ‘Toplessaço’
As produtoras teatrais Ana Rios e Bruna Oliveira tiveram a ideia durante a Marcha das Vadias, no dia 27 de julho. Enquanto os ativistas reivindicavam igualdade de direitos entre homens e mulheres, elas perceberam olhares de repressão de transeuntes.

“Durante a marcha, percebi que a existência do topless era muito agressiva. Ouvi várias pessoas falando coisas horríveis. Comentei com a Bruna comoachava louco as pessoas terem uma reação tão violenta com o corpo feminino. Há uma aceitação em um contexto de compra e venda, mas não no contexto natural. Até em revistas de amamentação, é muito raro ver mulheres com os peitos de fora”, disse a organizadora do evento ao G1 na sexta (20).

 

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