O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, suspeito de desviar verbas da unidade, está neste momento na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em João Pessoa.
Padre Egídio, que estava em Recife, no Estado de Pernambuco, chegou na manhã desta sexta-feira (06) acompanhado de uma equipe de advogados. A informação é de que a defesa do Padre Egídio não havia avisado aos coordenadores do Gaeco que iria se apresentar hoje. O religioso continua na sede do Grupo.
O advogado Sheyner Asfora contou com que já havia sido autorizado pelo padre Egídio a procurar o Gaeco e marcar data para seu depoimento.
A apresentação do ex-diretor do Padre Zé acontece um dia depois de o Gaeco, junto com a Polícia Civil da Paraíba, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba deflagraram a “Operação Indignus”.
Sobre a operação – A força-tarefa que deflagrou a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações há indícios de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
Entenda o caso – Em agosto o padre Egídio denunciou à polícia o furto de vários celulares de alto valor monetário. Os equipamentos haviam sido doados ao Hospital Padre Zé pela Receita Federal e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos a serem aplicados na unidade de saúde filantrópica.
Os celulares furtados foram entregues pela Receita Federal em maio. No mês de julho, quando as caixas onde os celulares estavam foram abertas descobriu-se que os equipamentos haviam desaparecido. Em agosto, Padre Egídio formulou a denúncia por meio do Boletim de Ocorrência.
A partir daí, as investigações foram levando a polícia até um jovem de nome Samuel Segundo, funcionário do hospital que teria recebido os celulares junto com o religioso. Samuel chegou a ser preso no dia 3 de agosto, mas a prisão foi revogada no dia 6.
A proximidade de Samuel Segundo e o acesso livre que ele tinha ao então diretor do Padre Zé, Padre Egídio, indicou que o religioso também estaria envolvido no caso.
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