A motivação do ataque ao ônibus da linha 600 em João Pessoa, que acabou com a morte do motorista, já tem presos e uma linha de investigação definida que passa pela briga entre facções para ampliar território na Zona Norte de João Pessoa, no Padré Zé, entre Tambiá, Roger e Mandacaru. Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (1), o secretário de Segurança da Paraíba, Jean Nunes, evitou dar detalhes, mas disse que “a Paraíba não é uma ilha” ao explicar que o crime segue crescendo em todos os lugares.
“Não estamos isentos de organizações criminosas que querem ocupar áreas. É um caso típico de disputa e briga por território. Grupos que tentam se sobrepor ao outro pelo uso da força. Não é exclusivo da Paraíba”, destacou o secretário ao lembrar que o mesmo vento que sopra em estados como Rio ou São Paulo, é sentido na Paraíba, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte.
Câmeras e denúncias levaram às pistas que prenderam Antônio Gomes da Silva, conhecido como ‘Índio’, que com a morte de Silvano da Silva e Gomes acabou voltando para a cadeia na última segunda-feira (31).
“O acusado já está preso. Dentro do veículo foram apreendidos os vasilhames, além de outros objetos. Ele confessou ter participado e levado pessoas, a partir de orientações. É uma grande chance essa entrega dele para nossa investigação. É um grupo que tenta intimidar outros grupos menores para ocupar territórios”, explicou como acompanhou o ClickPB. A polícia agora espera chegar a outros suspeitos.
O crime ocorreu na noite do dia 18 de julho, quando o ônibus passou pelo bairro de Mandacaru e foi abordado por criminosos. Os bandidos agrediram o motorista, atearam fogo ao veículo e fugiram. Após ficar onze dias internado no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, o motorista morreu no último sábado (29).
Crédito: ClickPB