Em entrevista ao programa Sem Censura, da POP FM, 89, 3, emissora da Rede Paraibana de Notícias (RPN), mediado pelos jornalistas Antônio Malvino, Lenilson Guedes e Leo Ferreira, o secretário de Comunicação do Estado, Luís Tôrres, falando em nome pessoal – até mesmo como jornalista, tal se definiu – fulminou a hipótese de aliança entre o esquema político do governador Ricardo Coutinho (PSB) e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) para apoio a uma virtual candidatura deste ao Palácio da Redenção. “Essa é uma hipótese que não se encaixa no tabuleiro político, muito menos no projeto do governador Ricardo Coutinho com seus aliados fiéis”, ressaltou o secretário, ironizando: “Chega de querer pegar carona na liderança do governador ou ser oportunista de situações favoráveis”.
Luís Tôrres exemplificou que na campanha a prefeito de João Pessoa, em 2012, quando disputou pela primeira vez o Paço Municipal, Luciano Cartaxo, vendo-se perdido eleitoralmente, agiu de forma oportunista e se aproximou do então prefeito Luciano Agra, que substituiu a Ricardo Coutinho no comando da prefeitura. De acordo com ele, Ricardo havia deixado um saldo positivo de realizações na Capital paraibana e outras que seriam entregues pelo substituto natural, já que concorreria ao governo do Estado, como fez. Sabedor desse saldo positivo e da repercussão junto a segmentos do eleitorado, Cartaxo tentou associar sua campanha a obras feitas, só que dando crédito, prioritariamente, a Luciano Agra. O resultado é que, na sua avaliação, segmentos formadores de opinião do eleitorado deixaram-se levar pela estratégia retórica e favoreceram a ascensão do outro Luciano.
– A dados de hoje, a realidade é completamente diferente e o governador tem uma compreensão muito clara, muito meridiana, dessa fase – opinou o secretário de Comunicação, acrescentando que dentro do seu próprio agrupamento político o governador Ricardo Coutinho conta com nomes que são referências importantes e decisivas numa eleição majoritária. O jornalista Luís Tôrres mencionou, entre outros nomes, de forma aleatória, os do deputado Gervásio Maia, presidente da Assembleia Legislativa, do secretário de Infraestrutura, João Azevedo e da deputada Estelizabel Bezerra.
Quanto a uma provável candidatura do chefe do Executivo ao Senado, o secretário frisou que está condicionada a uma análise, por Ricardo, da conveniência e importância dessa tática nas eleições do próximo ano. “Se nas reflexões que fizer ele concluir que não é interessante para o projeto em andamento deixar o governo numa fase crucial, certamente tomará posição com base na realidade que tiver em mãos”, expressou o secretário.
Luís Tôrres advertiu que algumas avaliações sobre atitudes políticas ou administrativas tomadas por Ricardo Coutinho possuem um viés equivocado e não correspondem, com exatidão, ao que o governador está idealizando. Salientou que toda a militância política de Ricardo, construída dos mandatos de vereador aos de governador, fundamentou-se em compromissos com mudanças nos costumes políticos do Estado e em programas administrativos de impacto que mudassem a face da Paraíba. Acredita o secretário que isto tem sido conseguido, mesmo com eventuais dificuldades decorrentes da conjuntura nacional e entende que há um reconhecimento por parte da maioria dos segmentos da sociedade ao que o governador tem empreendido. A seu ver, as restrições ao governador partem de adversários políticos que, ou foram derrotados por ele em outros embates, ou temem a liderança do governador, diante do estilo transparente com que ele age perante a opinião pública. Concluiu dizendo que o governador Ricardo Coutinho não arredará pé dos compromissos firmados com o povo paraibano nem deixará de dar a sua contribuição para mudança de mentalidade, ainda que isto venha a ferir interesses de oligarquias. “A prioridade do governador – ele sempre reiterou isto – é com o atendimento das demandas da população. E a população sabe o que o seu governo tem feito e é grata ao empenho do chefe do Executivo”, assinalou.
OS GUEDES