Diretoria e comissão técnica do Santa Cruz de Santa Rita não receberam de bom grado a notícia de que o Campeonato Paraibano pode ter alguns jogos sem a presença de torcida nas arquibancadas. Com alguns estádios passando por reformas e com problemas estruturais, a Federação adiou o início da competição para o dia 12 de janeiro e acatou a sugestão do Ministério Público de que apenas depois de aprovados em vistorias os estádios recebam público.
As possibilidades mais imediatas para o Tricolor usar como casa no Estadual são o Teixeirão, em Santa Rita, e a Graça, em João Pessoa. Mas o primeiro já foi vetado pelo Ministério Público e o segundo ainda precisa ser vistoriado. Assim, a tendência é que, sejam onde for, as primeiras partidas do time na competição aconteçam com portões fechados.
– Isso representa um prejuízo muito grande para a equipe do Santa Cruz e acho que para todos os clubes. Como é que vamos jogar sem torcida? Como vamos pagar as despesas da Federação? É complicado – reclamou César Wellington, diretor de futebol do clube.
O técnico da Cobra Coral, Reginaldo Sousa, também lamentou o fato. Segundo o treinador, todos os clubes serão prejudicados com essa situação. Mas o comandante tricolor mantém a esperança de que as partidas recebam torcida e, também, de que seu time possa jogar no Teixeirão.
– Eu creio que jogar sem torcedor não seja bom para nenhuma equipe. E a esperança é de que a gente possa jogar dentro da nossa casa, junto do nosso torcedor para que a gente possa ter mais essa força dentro de campo – comentou Reginaldo Sousa.
O início do Campeonato Paraibano foi adiado do dia 5 para o dia 12 de janeiro justamente por conta das más condições dos principais estádios locais. Além do Teixeirão, o Perpetão, em Cajazeiras, e o Marizão, em Sousa, foram vetados pela Comissão Estadual Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios. Apenas o José Cavalcanti, em Patos, e o Presidente Vargas, em Campina Grande, foram aprovados.
de futebol do Santa Cruz-PB
Almeidão e Graça, em João Pessoa, e Amigão, em Campina Grande, passam por reformas e ainda serão avaliados. Diante deste cenário, o procurador do Cidadão em Campinda Grande, Bertrand Asfora, sugeriu que os estádios das cidades de Alhandra, Bananeiras, Caaporã e Lucena, além do Renatão (que é de propriedade do Campinense), sejam também vistoriados e, se aprovados, recebam jogos de menor porte.
A decisão sobre que estádios devem receber jogos de portões fechados deve sair em reunião marcada para a próxima sexta-feira, na sede do Ministério Público, em João Pessoa.