Documentos revelados pela Procuradoria da Espanha apontam que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira fazia parte de uma organização criminosa que lavava dinheiro usando a Seleção brasileira.
A investigação conduzida na Espanha mostra que Teixeira obrigou a empresa compradora dos direitos sobre jogos amistosos da seleção, a ISE, a realizar pagamentos em seu benefício próprio e em “prejuízo à CBF”.
Segundo a acusação, o ex-presidente da entidade recebia um total de 8,3 milhões de euros, enquanto o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, preso na última terça-feira (23), ganhava 6,5 milhões de euros. “Em ambos os casos sem conhecimento da CBF e em seu prejuízo”, informam os procuradores.
O dinheiro era desviado para várias contas e chegaram até a beneficiar a esposa de Teixeira, que usava um cartão que lhe permitia realizar saques diretamente da conta usada para desviar os recursos do time nacional.
Os documentos revelam ainda como contratos foram falsificados a fim de que a seleção brasileira continuasse sendo usada para desvio de recursos, mesmo após Rosell, principal parceiro de Teixeira, ter sido nomeado presidente de um dos maiores clubes do mundo.
Após a revelação das informações pela imprensa espanhola, o Ministério Público Federal do Brasil informou que pedirá o acesso aos documentos que envolvem dirigentes brasileiros.