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Reitora atribui a grupo de Rômulo Polari orquestração de movimentos estudantis

Reitora da UFPB diz que protestos têm relação com eleição para nova reitoria, que acontece no próximo dia 13 de abril. Segundo ela, possível candidato a reitor é ex-chefe de gabinete de Rômulo Polari

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A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz, afirmou que o grupo comandado pelo ex-reitor e ex-secretário de Planejamento da PMJP, Rômulo Polari, está por trás dos movimentos estudantis que resultaram, ontem, na invasão de estudantes à Sala da Reitoria. Segundo ela, não é coincidência que estes protestos aconteçam após mais de três anos de seu mandato a frente da reitoria justamente a pouco mais de um mês das eleições.

Sem revelar nomes, a reitora afirmou que o “candidato a candidato a reitor é o ex-chefe de gabinete” do ex-reitor Rômulo Polari. “O grupo que me confronta agora por incrível que pareça é o dele e a universidade não merece este retrocesso”, disse.  Além disso, ela afirmou que o grupo que protesta há uma semana cobrando melhorias na assistência estudantil oferecida pela instituição não está interessada em negociar.

“Havia uma orquestração para que ocorresse isso, não tenho dúvida. Eu tinha um documento de uma das pessoas do movimento de que as 9h já nos preparássemos para a ocupação da reitoria. Estou lá há três anos e quatro meses e estas coisas só começaram agora. E começou na reunião do Consuni para a elaboração da reunião. Eles tumultuaram, tivemos que suspender e ir para outro local. Coincidentemente isso vem com o processo eleitoral que se avizinha e acontece em 13 de abril. O que poderá acontecer até lá?”, questionou.

Margateth Diniz contou, sob seu ponto, como tudo aconteceu: “Quando cheguei lá com a resposta da pauta de reivindicação, eles disseram que a pauta não era mais aquela. A partir daí um estudante passou mal e o encaminhamos para o HU. E a reunião foi remarcada para as 16h com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública. As 16h, fomos para o local, e o MP fez a proposta de eles intermediarem. Iríamos retornar amanhã para junto com eles reiniciar as negociações e fui me dirigir ao meu gabinete quando eles invadiram a reitoria e saíram quebrando tudo que viam pela frente”.

Ainda segundo ela, sobre as reivindicações dos estudantes, ela afirma que não procedem. “Temos mais de 35 mil estudantes e as demandas destes foram atendidas. Não tem nenhum estudando na UFPB que se enquadra no Programa Nacional de Assistência Estudantil e tenha pedido o auxilio moradia e não tenha sido aceito. Inclusive os grevistas”, afirmou.

Margareth diz que baixas de assessores não foram significativas

Margareth também comentou sobre as baixas entre seus assessores. No dia 17 de fevereiro, o professor do Departamento de História, Flávio Lúcio Rodrigues Vieira, entregou sua carta demissão, por considerar graves as mudanças no processo eleitoral para a escolha do novo reitor, promovidas pelo Consuni. E ontem, o professor do Departamento de Comunicação, Derval Cózio, deixou o cargo alegando “abandono e a não efetivação de todos os pontos da carta Programa referentes à Comunicação institucional”.

De acordo com a reitora, as baixas não foram significativas. “As baixas não são significativas porque eles ficaram subutilizados. Eles tinham potencial. O primeiro que entregou tinha uma assessoria conosco mas não tinha um trabalho específico para fazer e o outro que entregou recentemente, cuidava da nossa revista. Mas nós estamos dando encaminhamento para que isso não sofra solução de continuidade”, afirmou.

 

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