Política
RC adota tom moderado em Encontro de Governadores do Nordeste e lembra que votou na chapa Dilma-Temer
Para o governador paraibano, o momento político do país exige união e a manutenção de um projeto democrático que inclua a população
O governador Ricardo Coutinho (PSB) adotou um tom mais comedido ao se reportar ao novo cenário político do país com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e o governo interino do presidente Michel Temer (PMDB). O socialista, que participou do Encontro dos Governadores do Nordeste nesta quinta-feira (19), em Maceió, lembrou que votou na chapa Dilma-Temer no segundo turno das eleições de 2014 e evitou opinar sobre o novo projeto de governo que se instalou no país há pouco mais de uma semana.
“Eu votei no segundo turno na chapa Dilma e Temer e votei num projeto que inclui, principalmente, um generoso programa social e não quero jamais ver o Brasil e o Nordeste voltarem a ser o que era. Estamos com uma semana de ocorrência, não tenho compreensão, a não ser umas declarações soltas de um de outro ministro ou analista político”, declarou.
Contrário ao processo de impeachment, o governador lembrou que até o momento não foi apresentado nenhum crime que provocasse a saída de Dilma do governo.
“Nós estamos vivendo um momento delicado, houve a interrupção de um processo que preocupa todos nós, é algo que eu jamais imaginaria. Eu vivenciei o final do regime de exceção e não imaginei vivenciar um momento como esse onde até então não se disse claramente qual o crime de responsabilidade que a presidente cometeu, isso para mim é muito grave. Independente de quem governa , eu acho que existem muito mais forças dentro desse processo e o Brasil, mais do que nunca, precisa voltar a convergir numa mesma direção e só pode ser no caminho de um projeto democrático”, declarou.
Para o governador paraibano, o momento político do país exige união e a manutenção de um projeto democrático que inclua a população.
“Todos nós, independente de posição partidária, precisamos pensar na nação neste momento para podermos reunifica-la, não com a pactuação das elites. O Brasil não tem mais espaço para fazer pacto excluindo o povo. Eu acho que o bem maior com reflexo na economia é a manutenção de regras claras e a continuidade da construção de um projeto democrático”, finalizou.
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