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Premier britânica Theresa May começa a reformular Gabinete

primeira-ministra britânica, Theresa May, começou uma reformulação ampla em seu Gabinete nesta segunda-feira (8) como forma de diminuir os problemas internos após os escândalos sexuais de alguns de seus ministros.

No entanto, as críticas pelas nomeações anunciadas até o momento já são inúmeras – tanto pelo tamanho da reestruturação como pelos nomes escolhidos. Por conta disso, May deve anunciar ainda hoje outras alterações para acalmar também os ânimos dentro do Partido Conservador.

O anúncio mais importante, aquele que indicaria o substituto de seu “ex-número 2” Damian Green, foi diminuída. Isso porque a nomeação de David Lidington, até então ministro da Justiça, será apenas para o cargo estratégico dentro do Escritório do Gabinete. Ele não terá, ao menos até o momento, o título de vice-premier como seu antecessor, vaga que continua vazia.

Green deixou o governo após ser revelado que ele mentiu em depoimento sobre um escândalo sexual. Ele tinha imagens pornográficas em seu computador de trabalho, em 2008, e negou que fosse o responsável por elas.

Ficaram em seus cargos, como previsto, alguns dos ministros estratégicos, como na pasta das Relações Exteriores, com Boris Johnson, a do Interior, com Amber Rudd, do Tesouro, Philippe Hammond, para o Brexit, David Davis, e para a Defesa, Gavin Williamson.

No entanto, houve um “rejuvenescimento” no governo com a entrada de Brandon Lewis, 46 anos, para a Presidência do conservadores, substituindo Patrick McLoughlin, 60. Já o ex-ministro do Trabalho David Gauke assume agora a pasta da Justiça; como vice-presidente dos conservadores foi nomeado James Cleverly, 48, um deputado emergente, defensor do “Brexit” (a saída do Reino Unido da União Europeia) e filho de pais africanos; Damian Hind, 48, foi nomeado para a secretaria de Instrução enquanto Matt Hancock, 39, vai para a pasta da Cultura.

Ontem o ministro para a Irlanda do Norte, James Brokenshire, anunciou sua saída do cargo por “motivos de saúde”. O “fiel” ao governo May foi substituído por Karen Bradley como um “prêmio de consolação” à política.

Tanto a nomeação de Bradley como a saída de Justine Greening, titular da pasta de Instrução que se negou a aceitar um cargo de “segundo escalão” no governo, geraram polêmicas na ala feminina dos conservadores. Isso porque May reduziu a participação delas de postos importantes do Gabinete – bem como rebaixou de postos todos aqueles que se opuseram a alguma mudança em seu governo, segundo os jornais mais tradicionais do país.

Responsável por universidades pede demissão:

Menos de 24 horas após anunciar Toby Young para liderar a pasta das Universidades, o polêmico indicado renunciou ao posto. Assim que foi nomeado, a mídia britânica revelou uma série de postagens nas redes sociais de cunho homofóbico, sexista e de discriminação social.

Os textos foram publicados em várias mensagens nos últimos anos e, “para não distrair o governo” em uma “área vital”, ele decidiu renunciar à nomeação. De acordo com os jornais britânicos, as ofensas estavam em cerca de 40 mil tuítes – que foram apagados.

Novas nomeações:

De acordo com o jornal “The Independent”, o titular da sub-pasta para Crianças e Famílias, Robert Goodwill, o ministro da Saúde, Philip Dunne, e o titular da secretaria de Transportes, John Hayes, foram retirados de seus cargos – mas não há confirmação oficial dessas mudanças.

Já Alok Sharma foi indicado como secretário do Departamento de Trabalho e Aposentadorias nesta terça-feira (9), e Dominic Raab foi indicado como “Minister of Housing”, uma pasta que cuida dos assuntos internos de planejamento e do governo local.

 

 

 

 

 

Com informações da ANSA.

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