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Prefeita do Conde-Pb, envolvida na Operação Calvário, faz vaquinha para pagar R$ 300 mil a advogados

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A prefeita de Conde, Márcia Lucena, criou uma vaquinha online, no site Catarse, com o intuito de arrecadar R$ 300 mil para usar em sua defesa na Operação Calvário.

Na página da vaquinha, criada pela própria Márcia, a prefeita se apresenta em um vídeo, fala sobre o seu trabalho como gestora de Conde, que, segundo ela, incomoda muita gente, e diz que as acusações da Operação Calvário são injustas.

“Preciso muito de sua ajuda para tocar esse projeto que está em curso”, diz ela, acrescentando que os acusadores temem que ela seja reeleita. “Sei da minha inocência, eu confio na justiça, mas para fazer minha defesa eu preciso de ajuda. Eu vivo do meu salário como prefeita e o patrimônio que eu tenho é a casa que eu moro, herança dos meus pais, e o apartamento que os meus filhos vivem”, explica Márcia no vídeo.

Até as 9h da manhã desta quarta-feira (4), 20 pessoas haviam apoiado a vaquinha criada por Márcia, que arrecadou R$ 4.560, pouco mais de 1% da meta de R$ 300 mil. A campanha segue até o dia 2 de maio.

Acusações – Um texto explicativo na página da vaquinha informa que, no âmbito da Operação Calvário, Márcia Lucena é acusada de:

– Integrar suposta organização criminosa que teria utilizado a OS para gerir as áreas de saúde e de educação do Estado da Paraíba, infringindo dano aos cofres públicos;

 – Levar ao Município de Conde o modelo de gestão por meio de OS;

 – Receber propina de fornecedores da Secretaria de Estado de Educação que, mais adiante, se tornariam fornecedores ocasionais do Município de Conde.

Inocência – Após explicar as acusações o texto apresenta a defesa de Márcia, que alega ser inocente:

“Jamais participei de processos de contratação de OS no Governo da Paraíba. Enquanto estive à frente da Secretaria de Estado de Educação, não desenvolvi qualquer projeto que visasse a terceirização da gestão. Quem contratou a OS no âmbito da Secretaria de Educação foi meu sucessor, muito depois de minha saída da pasta, em 2014”, diz.

“Não posso ser acusada de importar o modelo de gestão via OS para Conde simplesmente porque jamais adotei este modelo no Município”, acrescenta em toutro trecho.

“Não há, em toda a denúncia apresentada pelo Ministério Público, um delator afirmando ter entregue dinheiro ou qualquer outro recurso a mim”, afirma.

“Nunca recebi proventos de fornecedores, e meu patrimônio é a prova maior do que estou dizendo: minhas posses, além de humildes, são absolutamente condizentes com minha capacidade econômica, de forma que tudo que tenho é fruto de décadas de trabalho, meu e do meu marido”, finaliza.

com click pb

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