Ao contrário do que o Governo do Estado alardeia pelos quatro cantos da Paraíba, a remuneração dos policiais civis paraibanos está entre os piores salários do Nordeste do país. Entre as nove unidades da federação da região, o reconhecimento financeiro dos delegados de polícia, por exemplo, ocupa a última posição. No Nordeste, agentes e escrivães do nosso estado recebem maiores salários apenas do que os pagos em Alagoas. Os dados da falta de estímulo do governo para com os policiais da Paraíba foram revelados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, divulgado há poucos dias, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os delgados da Paraíba, por exemplo, têm o pior salário do Nordeste. Em 2012, um delegado de polícia tinha remuneração inicial bruta de R$ 7.133,82. Na região, os policiais paraibanos recebiam menos que um delegado potiguar (R$ 9.185,40), pernambucano (R$ 9.319,96), baiano (R$ 9.677,29) e sergipano (R$ 10.732,42). No Nordeste, eles tinham o salário menor que dos delegados do Maranhão (R$ 12.029,87), Piauí (R$ 12.154,36), Alagoas (R$ 12.593,95) e Ceará (R$ 12.706,25).
Em 2012, um escrivão de polícia na Paraíba, em início de carreira, recebia R$ 2.325,52; esse era o mesmo valor pago a um agente de investigação da polícia judiciária paraibana. As duas categorias são à base da polícia civil já que seus integrantes são a maioria dos 1.865 policiais judiciários do estado. A título de comparação, em Sergipe – estado da região que mais reconhece o valor desses profissionais – tanto um agente como um escrivão recebem vencimentos de R$ 4.359,01. Ou seja, quase o dobro do salário pago aos mesmos profissionais que atuam na Paraíba.
Na sequência, os estados da região que pagavam as melhores remunerações aos agentes e escrivães eram: Piauí, com R$ 3.104,55; Bahia, com R$ 2.878,34 (apenas escrivão); Ceará, com R$ 2.787,31 (apenas escrivão); Rio Grande do Norte, com R$ 2.777,93; Pernambuco, com R$ 2.765,78; e Maranhão, com R$ 2.502,31 (apenas escrivão).
Em 2012, Alagoas ocupava a última posição na região quando se tratava de reconhecimento financeiro a policiais civis. Na terra dos marechais, escrivães e agentes de polícia recebiam R$ 2.071,81.
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