A Petrobras voltou a desafiar os caminhoneiros decretando novo reajuste no preços dos combustíveis. É o sétimo aumento desde dezembro e o terceiro somente este ano.
O novo aumento da Petrobras, a vigorar a partir desta terça-feira (9), prevê de 0,14% a 0,17% no preço da gasolina e 0,12% para o litro do diesel A, elevando-os, em média, 13 centavos na refinaria.
O ajuste também vem sendo interpretado como um desafio da estatal ao próprio presidente da República, que desde a semana passada promove reuniões para encontrar uma solução para os aumentos frequentes.
Mais cedo, falando a apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro pediu sugestões para o enfrentamento do problema. “Humildemente estou disposto a acolher propostas e sugestões, venham de onde vierem”, disse.
Para o presidente, “todos estão errados” na cadeia produtiva dos combustíveis. Ele citou as distribuidoras e os postos como os setores que “lucram muito” com os combustíveis.
Bolsonaro parece ignorar que os distribuidores têm um papel de meros atravessadores no mercado, beneficiando-se de um cartório criado em 2009 pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff (PT).
Esse cartório obriga produtores de combustíveis, inclusive a Petrobras, e entregar tudo o que produzem às distribuidoras, que não agregam qualquer valor e acrescentam 16% no preço final para o consumidor.
DP – Claudio Humberto