Correu frouxa a traição no Congresso na sessão que derrubou o veto à desoneração da folha. No Senado, Daniella Ribeiro (PSD-PB), Jorge Kajuru (PSB-GO), Dorinha Seabra (União-TO), Weverton (PDT-MA) e Zenaide Maia (PSD-RN), todos da liderança do governo, não se fizeram de rogados e engrossaram o resultado que desmoralizou o veto de Lula: 60 a 13. Na Câmara, o revés foi ainda pior, 378 a 78. Entre deputados, além de líderes de Lula, até um petista foi seduzido pelo afã da traição. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi outro caso de “traição”: ele se demitiu para retomar o mandato de senador e apoiar a aprovação de Flávio Dino ao STF, mas permaneceu no parlamento por mais um dia para votar pela derrubada do veto presidencial ao projeto aprovado no Congresso que regulamentou o marco temporal das terras indígenas.
A surpresa petista ficou por conta de Zé Neto, deputado baiano. O único do PT que não se constrangeu e votou para derrubar o veto de Lula.
Lideranças de Lula na Câmara também traíram: Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), Waldemar Oliveira (Avante-PE), Marreca Filho (Patriota-MA).
Fecham a lista da Câmara: Josenildo (PDT-AP), Igor Timo (Podemos-MT), José Nelto (PP-GO), Jonas Dozinette (PSB-SP) e Bacelar (PV-BA).
No PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos 12 deputados votantes, 11 foram contra o veto. No Senado, três contras e só um favorável.
Diário do Poder