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Perguntas sobre escolha de árbitro da final da Copa incomodam chefe da Fifa
O anúncio do italiano Nicola Rizzoli como o árbitro da final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina, neste domingo, no Maracanã, foi o assunto mais abordado em entrevista coletiva promovida pela Fifa no estádio nesta sexta. Massimo Busacca, diretor de arbitragem da entidade, se incomodou ao ser questionado sobre alguns fatores que poderiam influenciar ou não justificar a escolha.
Rizzoli, de 42 anos, apitou Espanha 1 x 5 Holanda na Fonte Nova, em 13 de junho. O gol espanhol, marcado por Xabi Alonso, saiu na cobrança de um pênalti inexistente marcado sobre Diego Costa. As outras duas aparições do italiano na Copa ocorreram em jogos da Argentina, uma das finalistas, contra Nigéria e Bélgica, mas sem lances polêmicos.
Tê-lo no comando de uma partida da Argentina pela terceira vez no mesmo torneio, na visão de Busacca, é benéfico. “Os árbitros sempre são honestos, se preparam de forma perfeita para o jogo. O que você mencionou (pênalti inexistente em Diego Costa) é uma situação que já ocorreu, não compartilho de sua ideia e faz parte do passado, Todos cometem erros. mas temos de acreditar na honestidade dos árbitros. Não importa se apitou uma ou duas vezes (jogos da Argentina), isso é até bom, ele até já conhece algumas situações. Isso não o afeta, é o jogo da vida dele. O árbitro quer ter sucesso, quer ser neutro e temos de acreditar nisso”, justificou Busacca, um pouco exaltado na resposta.
Outras questões vieram, sobre Rizzoli ser do mesmo continente de um dos finalistas, sobre a relação histórica entre Itália e Argentina e até sobre o inglês Howard Webb, que apitou a final da Copa de 2010, ter sido preterido no Brasil. Em todas Busacca demonstrou incômodo com o assunto. “Temos 25 árbitros conosco agora e respeitamos todos igualmente. Não tem a ver com o que aconteceu em 1998, 2002, 2006… Aqui nós vemos o desempenho em campo, nos treinamentos, o preparo físico e hoje chegamos a essa decisão. É só uma decisão, não é relacionada a confederações ou a países. Temos de nos basear no momento e na qualidade do trabalho, o mesmo vale para os times. Transparência, senão já começam a pensar em certas condições. Estou convencido de que o árbitro entra em campo e vê seleção A contra seleção B, jogador A e jogador B e nada mais”, completou.
Busacca também foi questionado sobre a atuação do brasileiro Sandro Meira Ricci nesta Copa do Mundo. Desta vez o tom de voz foi mais ameno. “Já que estamos no Brasil, Sandro merece que se fale sobre ele. Ele trabalhou seriamente, deu o melhor e nessa Copa fez bom trabalho, sempre pronto, não só ele como também os assistentes (Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse). Estamos satisfeitos, todos deram exemplo de trabalho sério, aliás todos da América do Sul, onde há uma boa qualidade de árbitros”, disse o suíço.
ig