"Isso pode Arnaldo?"

Padre Egídio pede prisão domiciliar alegando questões de saúde

A defesa do Padre Egídio de Carvalho, suspeito de comandar um esquema que desviou R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, entrou com um pedido junto à 4ª Vara Criminal de João Pessoa para que a prisão preventiva do religioso seja convertida para prisão domiciliar, alegando questões de saúde. O ex-diretor está preso no Presídio especial do Valentina, na capital paraibana, desde a última sexta-feira (17).

De acordo com a defesa, o pedido para a conversão da prisão em domiciliar está baseado no fato de o padre Egídio ter uma série de problemas de saúde física, como comorbidades, e também problemas de ordem emocional, sendo alegada uma depressão profunda.A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) informou, em nota, nesta terça-feira (21), que o Padre Egídio, que tem 56 anos, apresenta um bom estado de saúde desde a prisão. Além disso, também foi informado que apenas os advogados dele fazem visitas e ele também não faz banho de sol.

O padre Egídio de Carvalho está afastado das funções religiosas desde o final de setembro, por decisão da Arquidiocese da Paraíba. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.

Após a prisão, a Arquidiocese divulgou uma nota afirmando que está colaborando integralmente com as investigações em curso.O padre Egídio de Carvalho é suspeito de ser dono de 29 imóveis considerados de alto padrão, localizados na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo, comprados com dinheiro desviado de recursos públicos e de investir altos valores em vinhos, decorações e obras de arte. A defesa do Padre pediu a mudança da prisão preventiva em domiciliar, nesta terça-feira (21).

Além do padre Egídio de Carvalho, outras duas pessoas são investigadas suspeitas de participarem do esquema de desvio de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé. De acordo com as investigações, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas, ex-diretora administrativa e ex-tesoureira do Hospital Padre Zé, participaram diretamente dos desvios.

O advogado que representa Jannyne e Amanda entrou com um recurso contra a prisão das duas no domingo (19). A alegação é de que os motivos apresentados pelo Gaeco, de que elas poderiam obstruir o trabalho da Justiça, são “frágeis” para justificar a privação de liberdade.

Jannyne Dantas foi encaminhada para a Penitenciária Júlia Maranhão, já Amanda Duarte ficou em prisão domiciliar, ter um filho de 4 meses em amamentação exclusiva.

A decisão da Justiça para prender os três se fundamenta na garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e o asseguramento da aplicação da lei penal para justificar as prisões.

Fonte: Notícia Paraíba

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