Uma operação conjunta contra uma organização criminosa que explora loterias eletrônicas, jogos de azar e bancas de apostas cumpre mandado um mandado de busca e apreensão em Campina Grande. A ação é do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) e da Diretoria Geral de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) de Pernambuco, com apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
No total, a operação Game Over cumpre 17 mandados de busca e apreensão, contra oito empresas e seis pessoas físicas.
O mandado em Campina Grande foi cumprido no bairro da Prata. A informação foi confirmada pelo Ministério Público da Paraíba, que não deu mais detalhes sobre o alvo.
As buscas ocorrem também em outras cidades do estado de Pernambuco, como Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Vitória de Santo Antão e Taquaritinga do Norte.
As investigações tiveram início no ano de 2018, com o esquema ilícito montado a partir da criação de uma plataforma que permite a exploração de apostas em resultados de jogos de futebol denominada “MARJOSPORTS”, proporcionando ao proprietário e demais investigados ganhos milionários.
Esses recursos, em seguida, são convertidos em ativos imobiliários e na criação de outras empresas a partir dos lucros ilicitamente auferidos, com a finalidade de lavar o dinheiro e conferir-lhes a aparência de legalidade.
“Esse trabalho é a primeira operação realizada após a criação da força-tarefa entre Ministério Público e Secretaria da Fazenda, operacionalizada através do Gaeco e a Diretoria Geral de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Fazenda mediante termo de cooperação técnica”, ressaltou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Frederico Magalhães.
Conforme o MPPE, foi apurada uma movimentação superior a 400 milhões de reais nos últimos cinco anos por meio de várias empresas que iniciaram as atividades bancárias sem possuírem patrimônio anterior declarado. Ainda conforme os promotores do Gaeco, a organização era divulgada por artistas e chegou a patrocinar times de futebol da Série A do Brasileirão.
“A exploração de jogos de azar promovia um estilo de vida luxuoso para os integrantes da organização, em detrimento de outras modalidades de jogos permitidos que recolhem impostos que são transferidos para o bem comum da sociedade”, afirmou o Gaeco.
G1/Pb