Colunistas

O Pai de hoje

Diante das adversidades é que se revelam as pessoas, suas virtudes, suas vocações. Nesses tempos vindouros, essa máxima tem-se visto cristalinamente pela humanidade inteira, notadamente nessa pandemia.

Vivemos em tempos de guerra, guerra biológica, onde o inimigo invisível pode atacar em todos os lugares, colocando em risco a nossa própria vida e daqueles que mais amamos.

Inexplicavelmente surgem pessoas destemidas, digo não sem medo, mas corajosas, que enfrentam de frente, mesmo tendo o medo em seu interior. Até porque o medo é inerente ao ser humano, ao revés da covardia que aprisiona. É bom dizer que o medo razoável equilibra os nossos excessos, estimula o bom senso,  nos faz ponderar os passos, medir as consequências de cada ato, minimiza os riscos, notadamente na hora de agir, a hora de parar, de recuar, de atacar.

Há alguns ensinamentos importantes na arte das guerras que diz; a primeira batalha que devemos travar é contra nós mesmos ou ainda, nunca vá para a batalha sem saber o que pode estar contra você, outra boa é aquela que diz que a energia é o que tenciona o arco, decisão é o que solta a flecha, gosto de outras, como por exemplo; Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem ter ouvidos afiados para ouvir o trovão e daquele: Para ser vitorioso você deve enxergar o que não está visível, para completar essa: A água escolhe o seu percurso de acordo com o terreno que atravessa.

No Cristianismo, há alguns princípios importantes que devemos perseguir, Segundo São Mateus 10, 34, disse Jesus: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada.

Ora, parece até contraditório, se Jesus É O Príncipe da Paz, chamado também de O Shalom de Deus, veio trazer a espada?

O que Ele quis dizer com isso?

É preciso verificar o contexto e o pretexto de suas palavras, ele quis dizer que precisamos decidir, em qual lado queremos seguir, escolher, a partir daí encontraremos  verdadeira paz a verdadeira felicidade decidamos pois,  como dito em Apocalipse 3, 16. “Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te”.

Admiro o Homem, o Pai que chora, que partilha as suas dificuldades, suas fragilidades em família, reconhece os seus limites. Cria-se com efeito dessa forma, fortes laços de partilha, uma perfeita “atmosfera de Amor” entre os seus membros. Mas que ao final decide o caminho, toma as rédeas de sua família, assume os riscos e as responsabilidades de seus atos, não fica em cima do muro, não é morno.

Há no homem, no Pai de família, um chamado natural a liderar, a tomar a iniciativa, não que na mulher não haja, mas manifesta-se de forma diferente, não se trata de sexualidade, mas de atitude. Aqui deixo consignado a minha homenagem as “Pães”,  que são aquelas  mulheres que assumem a função de pai e mãe ao mesmo tempo, verdadeiras heroínas.

Pela nossa própria constituição física, é salutar e deve se colocar o homem, como escudo, como proteção, como guardião mesmo. Isso não significa dizer não somente nos embates físicos, mas acima de tudo nas iniciativas.

Como diz um provérbio oriental; “Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”.

Hoje, entretanto muitos são os homens com comportamentos pueris, infantilizados, amedrontados, frutos talvez das facilidades, da acomodação, uma geração afetada, que nunca ou pouco se esforçaram para adquirir os bens necessários para sua manutenção e de sua família. Não sei.

Mas nem tudo está perdido, apesar dos propagadores do caos, do desespero, da covardia, do discurso de quanto pior melhor, criando dificuldade para vender facilidade. São vozes que apenas gritam, cães que latem e que sucumbem, diante de tantos testemunhos de  pais de família que corajosamente tiveram que lutar na linha de frente dessa pandemia, tantos profissionais de saúde, de segurança, de limpeza pública, servidores públicos e privados ligados as atividades essenciais.

Eles que deixaram para seus filhos o testemunho de que a vida se aprende vivendo enfrentando as adversidades, eis um grande patrimônio que a traça não consome.

Para nós Pais Cristãos, o sofrimento tem um sentido, um ensinamento, um crescimento… A paz cristã não é a paz do zen, (com todo respeito) que espera pacientemente os acontecimentos impassivo e de braços cruzados nas suas individualidades. Ela, digo a Paz de Cristo, é pró ativa, se une ao sofredor, ampara o caído, estende a mão ao doente, ao carente de ajuda, não porque é superior, ou que é imbatível, mas se reconhece fraco e na fraqueza, encontra sua fortaleza, por que sabe em que colocou a sua confiança e a sua força, como diz São Paulo em II Coríntios, 12;“Mas ele me disse: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força”. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força.

Família, um Patrimônio de Deus entre os Homens!!!

Maria Passa na Frente!!!

Feliz dia dos Pais, com Paz e Bem!!!                              

Mais popular