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Nível do Guaíba baixa em Porto Alegre após recorde de elevação

O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre, voltou a baixar após uma semana de recordes alarmantes de elevação. Na tarde desta quinta-feira (9), a altura da água foi registrada em 4,90 metros, ainda acima da cota de inundação de três metros. A incerteza paira entre especialistas e autoridades locais quanto ao prazo de escoamento, devido à previsão de chuva para os próximos dias. Durante a última semana, o rio testemunhou recordes alarmantes de elevação, resultando na invasão das suas águas pelas ruas de Porto Alegre. No dia 2 de maio, o governador do Rio Grande do Sul alertava que o nível do rio poderia atingir quatro metros ao longo da madrugada de sexta-feira, com a expectativa de chegar aos cinco metros até sábado. Ainda havia a tensão de que a enchente superasse a da tragédia de 1941.

Na noite de sexta-feira, o Guaíba quebrou o recorde de maior cheia da história do Estado, atingindo 4,77 metros, um centímetro a mais que o registrado em 1941. No sábado, o nível ultrapassou os cinco metros, chegando a 5,22 m. A rodoviária de Porto Alegre suspendeu todas as viagens de chegada e saída, as ruas do Centro Histórico foram tomadas pela água e o Aeroporto Salgado Filho teve suas atividades paralisadas. No domingo, o maior nível de inundação foi registrado, com o Guaíba chegando a 5,35 metros. A Prefeitura de Porto Alegre pediu a moradores do Bairro Sarandi que deixassem suas casas após o extravasamento do dique do Arroio Feijó. O rio ainda se manteve 2,30 metros acima do nível da cota de inundação no dia 6 de maio, com 20 mil pessoas ilhadas resgatadas.

Após dias de inundações e tensões, o nível do Guaíba baixou cerca de 20 centímetros nas últimas 24 horas, trazendo um pouco de alívio para a região. Na quarta-feira, a última atualização da altura havia sido de 5,03 metros. Apesar do recuo, as ruas da cidade continuam alagadas. Nesta quinta-feira, o Guaíba registrou 4,90 metros, após cinco dias acima da marca de 5 metros. O Estado tem 428 municípios com relatos de problemas relacionados ao temporal, que afetou 1,476 milhão de pessoas, com 107 mortes e 130 desaparecidos.

Fonte: Jovem Pan – Foto: Jorge Lansarin

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