Justiça

Motta ouve envolvidos na compra da refinaria de Pasadena nesta terça

MottaA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve nesta terça-feira (30) os depoimentos de três pessoas: Pedro Aramis de Lima Arruda, ex-gerente de Segurança Empresarial da Petrobras; Paulo Teixeira Brandão, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados da estatal; e Fernando Leite Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da empresa.

Sobrepreço no Comperj
Pedro Aramis de Lima Arruda integrou comissões internas de investigação na Petrobras encarregadas de investigar suspeitas de pagamento de propina a funcionários da estatal pela empresa holandesa SBM Offshore, a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e suspeitas de sobrepreço na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O depoimento dele foi pedido pelo relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, onde correm os inquéritos da Operação Lava Jato, Arruda disse que havia indícios de direcionamento e sobrepreço nos contratos do Comperj, obra orçada em mais de 13 bilhões de dólares.

Ele não apresentou provas de irregularidades, mas elencou o que chamou de indícios. Segundo ele, as propostas das empresas eram muito altas em relação ao custo estimado pela Petrobras e a estatal fazia ajustes e, em alguns casos, cancelava as licitações até que as propostas pudessem ser aceitas.

A Petrobras aceitava propostas que estivessem dentro da margem de 15% a menos a 20% a mais que a estimativa de custos feita pela própria estatal.

Ele também disse que a área de engenharia da Petrobras foi pressionada pelos ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços) para apressar a construção, prevista inicialmente para terminar em 2014. “Isso deu margens a uma série de quebra dos procedimentos habituais da Petrobras”, disse.

Agência Câmara

 

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