Brasil

Ministro Paulo Guedes promete ‘chuva de investimentos’ após a reforma

O ministro Paulo Guedes (Economia) deu show durante horas de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, nesta quarta (28), quando prometeu que “vai chover dinheiro para investimentos no Brasil”. Pareceu convincente. A impressão é a de que os senadores, de modo geral, estão sintonizados com a necessidade da reforma, mas aproveitaram o momento para algum brilhareco.

Com a reforma da Previdência, “vamos entrar num longo período de crescimento”, disse Paulo Guedes, “tá na mão do Congresso”.

O Estado generoso e perdulário, diz Paulo Guedes, “quebrou Petrobras, quebrou Caixa, quebrou tudo”.

O ministro teve um rápido bate-boca com Kátia Abreu (PDT), aquela que roubou a pasta, na eleição do Senado. Desta vez ela se conteve.

Se a reforma da Previdência não for aprovada, “o Brasil vai explodir”, advertiu Guedes. Não vai poder pagar nem salário de servidor público.

Bate boca com senadores

Depois de três horas de audiência, o encontro entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) subiu de tom na tarde desta quarta-feira. O bate-boca ocorreu quando Guedes começou a responder a uma pergunta do senador Rogério Carvalho (PT-SE). O parlamentar havia questionado o ministro sobre o futuro do sistema de seguridade social, criticando o que chamou de ideologização do debate. O clima esquentou quando Guedes disse que o sistema não era tão fraterno, e fez referência ao sistema de aposentadoria de parlamentares.

— Você tem um sistema de seguridade que está aí há muitos anos. É muito solidário, muito fraterno, e ele quebrou. Financeiramente, ele  está quebrado. Aliás, ele não é tão fraterno como você acha. Tem gente que pode se aposentar ganhando 20 vezes… Você, por exemplo, como político pode se aposentar ganhando 20 vezes o que ganha um trabalhador. Eu acho isso ruim, acho isso errado — disse Guedes.

Nesse momento, o ministro foi interrompido pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO), que afirmou que na verdade os parlamentares estão sujeitos ao teto do INSS. A tentativa de aparte foi rebatida por Guedes, que disse que era a vez dele de falar. Foi nesse momento que o presidente da CAE, Omar Azis (PSD/AM), entrou na discussão, afirmando que o ministro havia mandado a parlamentar “calar a boca”.

– O senhor não vai desrespeitar senador e senadora não. O senhor é convidado. O senhor adiou três vezes aqui. Esses aqui são os verdadeiros representantes da sociedade brasileira – disparou Azis.

Depois de alguns minutos, chegou-se a um meio termo e Guedes voltou a falar. Disse que estava se referindo às disparidades de salários na Previdência, sem especificar se era sobre a classe política ou não.

– Eu sou assim também. Eu não quis desrespeitar ninguém, quis valer o meu tempo para responder – disse Guedes.

 

 

 

 

 

 

claudio humberto

Mais popular