O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, participou de uma audiência no Senado Federal a pedido do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e propôs um modelo adicional de votação no dia das eleições. De acordo o governista, é necessário realizar um “teste de integridade” com as urnas eletrônicas e um meio de atestar a confiabilidade do item seria adicionar uma votação paralela no dia do pleito com cédulas de papel. Desse modo, segundo o chefe da pasta, seria possível comprovar se há falhas ou fraude no atual sistema eleitoral. De acordo com os militares, a testagem poderia auxiliar na segurança e transparência para o processo eleitoral.
Junto ao general estava o coronel Marcelo Nogueira de Souza, chefe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral no Senado, que explicou como seria a implementação da ideia: “Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral, onde teria eleitores com biometria. O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste similar à urna original e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel e depois dessa votação em cédulas ela seria conferida com o boletim de urna”.
Ao final da audiência, o ministro da Defesa disse que precisava esclarecer sua proposta de teste no sistema de votação. Ele negou que cogite implantar o voto impresso em todas as sessões. E esclareceu que propôs um teste de confiabilidade nas urnas eletrônicas que se adotado, segundo ele, “seria dez!”. As expressões voto em cédula e “votação paralela” estão registradas na apresentação feita pelas Forças Armadas na audiência do Senado.