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México supera erros de arbitragem e vence Camarões em estreia
O que o técnico Luiz Felipe Scolari pôde observar de seus futuros adversários foi uma equipe de Camarões frágil e muito dependente do brilho isolado de Samuel Eto’o. Já os mexicanos, que chegaram desacreditados ao Mundial, levaram perigo nas jogadas pelas laterais, principalmente pelo lado esquerdo. Promessa de muito trabalho para Daniel Alves no próximo jogo brasileiro na primeira fase, na terça-feira, às 16h (horário de Brasília), no Castelão, em Fortaleza.
As fases do jogo: O México fez tudo certo para sair do primeiro tempo com uma boa vantagem no placar. Teve maior posse de bola (63% a 37%), criou diversas chances de gol e balançou as redes duas vezes com Giovanni dos Santos. A arbitragem, porém, não deixou os mexicanos irem para o intervalo à frente o marcador. Anulou erroneamente por impedimento os dois tentos, revoltando os mexicanos. Também invalidou um gol camaronês, mas acertou no lance.
Na etapa final, porém, não teve jeito. O goleiro Itandje, que logo no início do segundo tempo fez um milagre, ainda realizou grande defesa cara a cara com Giovanni dos Santos. Mas Peralta aproveitou rebote e abriu placar. Em desvantagem, Camarões passou a tentar o empate na base do ‘abafa’, mas o goleiro Ochoa não precisou praticar sequer uma defesa difícil.
O melhor: Giovanni dos Santos. Só não saiu consagrado por culpa da arbitragem. Deu muito trabalho à defesa camaronesa, teve dois gols anulados erroneamente e ainda participou da jogada que resultou no tento de Peralta.
O pior: Djeugoue. Perdido na marcação, lateral direito de Camarões levou um baile no primeiro tempo e deu espaço para que as principais jogadas do México saíssem pelo seu setor. Acabou substituído no intervalo.
A chave do jogo: As falhas de marcação da seleção camaronesa foram bem exploradas pelos mexicanos. O time africano insistiu em uma linha de impedimento que deixou os atacantes rivais livres em diversas oportunidades.
Toque dos técnicos: O técnico Miguel Herrera colocou seus dois laterais atuando avançados, explorando os espaços nas costas da defesa camaronesa. As jogadas mais perigosas do México saíram por ali, principalmente pelo lado esquerdo.
Para lembrar:
Apito compromete de novo. Assim como na estreia do Brasil, a arbitragem também polemizou no segundo jogo da Copa. Foram três gols anulados por impedimento só no primeiro tempo. Reclamações maiores do México, já que Giovanni dos Santos estava em condição legal em seus dois tentos invalidados.
Pontaria descalibrada. O placar magro não pode ser atribuído apenas à arbitragem. O ataque mexicano desperdiçou diversas oportunidades de ampliar o marcador, as mais claras com Peralta e Hernández, que entrou no segundo tempo. Até mesmo Samuel Eto’o teve boa chance na etapa inicial, mas chutou para fora.
Dilúvio em Natal. Chuva forte caiu antes e durante a partida, castigando equipes e torcedores. O gramado da Arena das Dunas, porém, passou bem pelo teste e resistiu ao temporal.
Rafa Márquez faz história. Zagueiro mexicano se tornou o primeiro jogador a ser capitão de uma seleção em quatro Copas diferentes.
MÉXICO 1 X 0 CAMARÕES
México: Ochoa; Rafa Márquez, Rodríguez e Moreno; Layún, Aguilar, Vázquez, Herrera (Salcido) e Guardado (Fabian); Giovanni dos Santos e Peralta (Hernández). Técnico: Miguel Herrera
Camarões: Itandje; Djeugoue (Nounkeu), Chedjou, Nkolou e Assou-Ekotto; Song (Webo), Mbia e Enoh; Moukandjo, Eto’o e Choupo-Moting. Técnico: Volker Finke
Data:13/06/2014 – 13h
Local: Arena das Dunas (Natal)
Árbitro: Humberto Clavijo (COL)
Auxiliares: Eduardo Diaz (COL) e Norbert Hauata (TAH)
Cartões amarelos: Moreno (México) e Nounkeu (Camarões)
Gols: Peralta, aos 15 min do 2º tempo
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