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Manterei o que dá certo, diz Aécio sobre Bolsa Família e Mais Médicos

16jul2014---candidato-ao-palacio-do-planalto-pelo-psdb-o-senador-aecio-neves-mg-afirmou-nesta-quarta-feira-16-que-ira-adotar-medidas-necessarias-para-o-brasil-e-que-nao-pretende-1405522583029_615x300O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira (16) que, se eleito, pretende manter os programas sociais do governo do PT que “dão certo”, como o Mais Médicos e o Bolsa Família.

“Política é copiar o que dá certo e aprimorar, nós vamos manter e aprimorar. Não há nenhum constrangimento nisso”, declarou.

O tucano disse que pretende pagar aos doutores cubanos do programa Mais Médicos o mesmo valor que os estrangeiros, mas não respondeu como vai fazer isso durante sabatina realizada pelo UOL e pela “Folha”, com o SBT e a rádio Jovem Pan.

Os médicos do programa do governo federal de outras nacionalidade ganham em média R$ 10 mil e os cubanos US$ 1.245, ou cerca de R$ 3.000 líquidos. Os cubanos representam 80% da força de trabalho do Mais Médicos.

“A questão do Mais Médicos é importante sim, não tem porque não reconhecer, mas não pode ser tratada como uma panaceia, não é justo para com os brasileiros. O PT assumiu em 2003, o governo gastava 54% com saúde. Passaram 11 anos e a participação é de apenas 45%. Treze mil leitos foram fechados (…) não houve planejamento.

Após ser questionado como Aécio faria para equiparar os salários já que isso alteraria o programa como é hoje, o candidato evitou explicar como isto seria possível. Durante toda a pergunta, o candidato não respondeu de forma objetiva como será reformulado, caso seja eleito.

“O que eu não permitirei é que haja discriminação em relação aos cubanos. Médicos estrangeiros são bem-vindos. [O que se tem que fazer] é criar cursos de qualificação para que os médicos se submetam ao Revalida e que recebam a mesma remuneração. O Brasil precisa estabelecer um acordo em outro nível. O governo brasileiro financia o governo cubano, nós vamos financiar os médicos cubanos.”

Segundo o candidato do PSDB, o acordo com os médicos cubanos será reavaliado. “Vamos estabelecer acordo através da Organização Pan-Americana da Saúde com outras regras e não vamos aceitar as regras impostas por Cuba. Vamos dar a qualificação para que os médicos possam se submeter ao Revalida, mas não vamos cometer o equívoco de subscrever a questão da saúde pública ao Mais Médicos, mas pela qualificação e financiamento.”

O tucano também disse que irá manter o Bolsa Família em seu governo, como “programa de Estado”, o que irá retirar o programa da pauta eleitoral. O Bolsa Família é um programa de transferência de renda que beneficia cerca de 13 milhões de famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza no país, com renda per capita de até R$ 77 por mês.

Bastidores

Houve fila para entrar no auditório do Teatro Folha, no shopping Higienópolis, onde ocorreu a sabatina.

Aécio entrou por uma entrada restrita, a pedido da organização do evento. Não veio pelo elevador do shopping, como fez Eduardo Campos (PSB) na sabatina de ontem.

Entre os políticos presentes, estão Andrea Matarazzo, o deputado federal Orlando Morando, José Aníbal, e o vereador Floriano Pesaro.

Aécio é sabatinado pelos jornalistas Josias de Souza (UOL), Ricardo Balthazar (“Folha”), Kennedy Alencar (SBT) e Patrick Santos (Jovem Pan).

Nas pesquisas de intenção de voto, o tucano tem aparecido em segundo lugar. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no começo do mês, ele estava com 20%.

Aécio é o segundo a participar de uma série de sabatinas com candidatos à Presidência da República. Ontem (15), o candidato pelo PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, respondeu perguntas dos jornalistas dos quatro veículos de comunicação. A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), foi convidada para participar do evento na quinta-feira (17), mas o partido ainda não confirmou a presença dela.

A ordem dos entrevistados é inversa à porcentagem de intenção de votos na última pesquisa do instituto Datafolha.

Uol

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