Um grupo de manifestantes entrou em confronto com seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF), na Esplanada dos Ministérios, na tarde desta terça-feira (31/7). Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foram até o Tribunal para protocolar um aviso de greve de fome.
Eles pedem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, seja libertado. Cerca de 30 manifestantes foram barrados alguns metros antes da entrada do prédio principal do STF. Mas um grupo menor, com 11 pessoas, conseguiu chegar até a entrada do edifício.
Na tentativa de retirá-los, os seguranças do Supremo fizeram um cordão de isolamento e empurraram os manifestantes. Algumas pessoas caíram na escadaria do STF no momento da confusão. Ninguém ficou ferido.
12 anos de greve de fome
Seis pessoas irão iniciar na tarde desta terça-feira uma greve de fome pela libertação do detento e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fazem parte da greve de fome integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central dos Movimentos Populares (CMP).
De acordo com Luiz Gonzaga (Gegê), líder da CMP, a ideia é tentar permanecer o máximo de tempo possível na sede do STF. “Quem vai pôr fim à greve são eles (os ministros do STF). A responsabilidade é deles”, afirmou à reportagem. Ele comentou que os atos do grupo vão ocorrer diariamente no local.
Os grevistas almoçaram com um grupo de apoio em um espaço mantido pelos movimentos em Brasília. De acordo com Gegê, esta foi a última refeição deles até que o STF determine a libertação de Lula. Foi servido costela com mandioca, arroz, feijão e melancia de sobremesa.