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Lições de futebol

Aplicativo criado por brasileiros vai ensinar a jovens dos Estados Unidos a arte de jogar bola. Alexandre Pato é um dos investidores do negócio

O atacante Alexandre Pato, atualmente na China e ex-jogador do São Paulo, Corinthians e Milan, nunca jogou nos Estados Unidos mas vai ajudar a disseminar o futebol no país de Donald Trump. Ele adquiriu 10% de participação no Soccer-1, um aplicativo que quer usar a tecnologia para ensinar aos americanos algo que o brasileiro sabe bem: jogar futebol. A ferramenta traz uma tecnologia similar à usada em videogames como o Fifa para ensinar aos usuários 50 movimentos, como chutes, passes e cabeceios. Para isso, jogadores brasileiros profissionais foram filmados em um estúdio, no Canadá, simulando todas as jogadas. A biomecânica dos movimentos é reproduzida por avatares. Os usuários, que são classificados em níveis de acordo com um questionário, recebem treinos técnicos e físicos específicos para suas necessidades.

Outros esportes

O público-alvo do negócio são os 3,8 milhões de praticantes federados nos Estados Unidos, com idades entre 12 e 24 anos. “Os jovens sofrem cada vez mais pressão da família e dos técnicos para se especializarem em um esporte”, afirma Ricardo Sodré, publicitário que criou o aplicativo. O problema, segundo ele, é que o método tradicional de ensino não engaja essa nova geração. O empresário aposta na conectividade da geração Z para levar o ensino mobile, que já é tendência na educação, às práticas

Depois do futebol, outros esportes devem ser adicionados ao aplicativo. Ainda este ano os usuários poderão aprender a jogar tênis. Basquete, futebol americano, dança e até MMA também estão na fila. A primeira meta é alcançar os 150 mil usuários ativos. No final deste ano, uma nova rodada de investimentos deve acontecer. Até agora o negócio já arrecadou mais de US$ 1 milhão de investidores-anjo brasileiros.

O aplicativo está disponível em inglês na Apple Store e no Google Play – estará acessível em português e espanhol em breve – e o download é gratuito. O usuário só paga caso queira contratar um técnico freelancer para acompanhar seu desenvolvimento. A principal fonte de renda é a publicidade que será vendida nas camisas dos avatares e no estádio virtual. Os sócios pretendem faturar US$ 35 milhões no quarto ano de operação do negócio.

 

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