Justiça

Justiça realiza inspeção no Arlinda Marques para tratar casos de cirurgia

JustiçaO juiz titular da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de João Pessoa, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, realizou, na manhã desta quinta-feira (18), uma inspeção no Hospital Arlinda Marques, para tratar da situação da espera para realização de procedimentos cirúrgicos no hospital e, em especial, o caso de uma criança de 5 anos que precisa urgentemente da realização de uma cirurgia.

Antônio Carneiro foi recebido pelo diretor técnico do Arlinda Marques, Fabiano de Oliveira Alexandria, pelo coordenador geral da neurocirugia, Christian Diniz e o cirurgião ortopedista, Francisco Laércio, ambos médicos envolvidos no caso da paciente.

Conforme explicou o magistrado, a inspeção que foi determinada pela 4ª Vara, serviu, “para ouvir os gestores, os médicos cirurgiões e toda a equipe envolvida, no sentido de saber o que está faltando para que a cirurgia seja feita”.

E acrescentou: ” Estamos indo até as unidades de saúde e conversando diretamente com as autoridades médicas, pois, são eles que possuem implicação direta com os diversos processos que temos em nossos acervos. Além disso, precisamos humanizar cada vez mais estas relações entre o Judiciário e a Sociedade”.

Segundo Antônio Carneiro, percebeu-se que no caso especifico, existe uma burocracia a emperrar o andamento, como: a compra de equipamentos, questão de indisponibilidade de leitos em unidade de tratamento intensivo (UTI) e uma série de questões que precisam ser resolvidas com urgência.

Para o juiz, o problema é muito maior que isso, “não apenas o caso pontual dessa paciente, mas, o de inúmeras outras crianças que estão aguardando a realização de procedimentos. Vamos continuar buscando o entendimento de todos os personagens envolvidos. Trata-se de ação complexa e exige a participação de todos. Estamos apostando na conciliação, também nesta área de vital importância. O magistrado deve se inteirar de todos aspectos fáticos que envolvem o litígio, impulsionando o Sistema Judicial no sentido de pacificar essas demandas”, asseverou.

Avaliação – Ao fim da inspeção, a equipe e a direção do hospital demonstraram interesse em resolver a questão. Foi dado um prazo de 30 dias para que a criança seja avaliada pela equipe médica, e sendo aprovada, será submetida ao procedimento cirúrgico necessário.

A criança do caso em especial, tem 5 anos de idade e foi diagnosticada há 2 anos e meio com escoliose congênita. De acordo com o explicação dada pelo médico, Christian Diniz, um tratamento foi indicado para corrigir o avanço da doença.

“É preciso a realização de um procedimento para colocar a coluna no local, e este, deve ser feito no máximo de urgência possível, devido à progressão que a doença já apresenta. A equipe já indicou o procedimento e agora aguarda a questão do material e disponibilidade do leito de UTI para realizar o procedimento”.

O diretor técnico do Hospital Arlinda Marques, Fabiano de Oliveira, informou que o hospital não possui recursos para realização de procedimentos de alta complexidade, devido ao alto custo desses materiais e o elevado número de pacientes.

“O procedimento padrão que realizamos é quando um paciente desses é detectado numa consulta com um especialista, são feitas as indicações necessárias e depois encaminhadas para o setor administrativo”, esclareceu.

O diretor acrescentou ainda que a direção então, avalia, e quando um material de baixo custo é necessário, se faz o agendamento normal e todos os procedimentos são realizados, mas, quando precisa-se de material de alto custo, abre-se um processo com as indicações e todos os documentos anexos, que é enviada para o setor responsável na Secretaria de Saúde.

A demora nesses casos, segundo Fabiano, se dá pela burocracia enfrentada nesse processo, como licitações e, às vezes, a disponibilização de fornecedores.

Redação com Parlamento PB

Mais popular