A justiça negou o pedido de habeas corpus ao médico Cláudio Amaro Gomes, acusado de assassinar o paraibano Artur Eugênio de Azevedo, também médico, no mês de maio. O suspeito do crime foi preso na última terça-feira (03) pela polícia pernambucana.
A decisão foi do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através do desembargador Marco Maggi. Cláudio Amaro Gomes segue detido no Centro de Triagem (Cotel), na cidade de Abreu e Lima, região metropolitana do Recife. Embora negado o habeas corpus, os advogados do médico preso podem recorrer da decisão da justiça.
Além de Cláudio Amaro Gomes, foi detido também seu filho, Cláudio Amaro Gomes Filho, suspeito de ter ajudado o pai na execução do crime. O médico Cláudio foi detido em sua própria residência, no bairro de Boa Viagem, região nobre do Recife. Já o filho, que é bacharel em Direito, foi encontrado pela polícia em um restaurante da Zona Norte da capital pernambucana.
O jovem portava um revólver calibre 38, que foi apreendido pela Polícia Civil e deve ser periciado pelo Instituto de Criminalística para que seja descoberto se a arma foi utilizada na morte do médico da Paraíba. A justificativa do rapaz foi de que usava o revólver, sem porte legal, para prevenir-se de ameaças que estaria sofrendo.
O crime pode ter sido motivado por intrigas profissionais entre o médico pernambucano e o cirurgião paraibano. Outros dois homens podem estar envolvidos na execução do crime.
O espaço ocupado pelo médico e o filho no Centro de Triagem, em Pernambuco, é reservado a policiais e pessoas com diploma que sejam acusados de crimes. As acusações que pesam sobre os dois é de seqüestro, homicídio duplamente qualificado e associação criminosa.
Vale ressaltar que o médico Cláudio Amaro Gomes já comandou a equipe que cuidou da saúde do ex-presidente Lula, quando este foi internado em um hospital do Recife após ter passado mal.
Relembre o caso:
O médico Arthur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, foi assassinado na noite da segunda-feira, 12 de maio, com quatro tiros às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, região do Grande Recife. Os disparos foram três nas costas e um na cabeça.
O corpo foi velado em Recife no Real Hospital Português até esta manhã de quarta-feira (14) e foi levado por familiares e amigos para sua cidade natal, Campina Grande, Agreste paraibano.
O carro do cirurgião foi encontrado carbonizado na Zona norte do Recife, na terça-feira, 13 de maio.
informações tambau247.com
