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JUROS VÃO VOLTAR A SUBIR FORTEMENTE SEM REFORMA DA PREVIDÊNCIA, DIZ MEIRELLES

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, advertiu que as taxas de juros no Brasil vão voltar a subir fortemente no Brasil se a Reforma da Previdência não for aprovada pelo Congresso Nacional. Em rápida entrevista após participar de seminário sobre a reforma, organizado pelo jornal Valor Econômico, o ministro disse que o relatório será apresentado amanhã. Segundo ele, a Reforma da Previdência está caminhando de forma “vigorosa” no Congresso Nacional.
“A grande conclusão é que a reforma não é uma questão de preferência, de opinião. É uma necessidade matemática e fiscal”, afirmou o ministro. Ele previu que, se o País não fizer a reforma no devido tempo, as taxas de juros ao invés de estarem caindo como agora vão subir fortemente. “Vai faltar recurso para o financiamento, o consumo, investimento, e o desemprego volta a crescer”, disse Meirelles. O ministro fez questão de ressaltar que o Brasil está fazendo uma série de coisas que fará com que o País volte a crescer. Na sua avaliação, a economia dá sinais fortes de que está em trajetória de recuperação do crescimento. “A inflação está caindo muito forte e os juros estão caindo. Tudo isso é resultado do teto de gastos ter sido aprovado”, ressaltou.
Para Meirelles, o Brasil está discutindo na “hora certa” a proposta de reforma. “O importante é que o Brasil volte a crescer e aumente a renda dos trabalhadores”, disse.  Meirelles rebateu argumentos que classificou como “falaciosos” sobre o suposto superávit da Previdência Social, que dispensaria a reforma proposta pelo governo do presidente Michel Temer. Ele garantiu que a hora de fazer a reforma é agora, justamente para evitar que a situação fique insustentável a ponto de o governo precisar cortar benefícios, como ocorreu em países da Europa. “Está na hora de fazer essa mudança, que permite ao Brasil sair dessa recessão, diminuir desemprego, e taxa [de juros] estrutural da economia cair”, disse o ministro.
“A questão agora não é discutir se é a favor ou contra, se já sabia [do déficit] ou não. A questão é que é necessário fazer a reforma. Todos gostariam de ter maior número de benefícios, mas a conta é insustentável”, ressaltou.

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