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Juninas “incendeiam” pavilhão na abertura do Festival de Quadrilhas

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Para milhares de brincantes, a espera acabou e a hora é de montar o show. Nove juninas abriram, na noite desta terça (16), as apresentações do Festival de Quadrilhas de João Pessoa, no Ponto de Cem Réis. O concurso, que está em sua 19ª edição, reúne milhares de componentes distribuídos em 25 agremiações que, mais do que competir pela premiação, demonstram o compromisso de levar a arte da sua comunidade a público.

O Festival é promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), e conta com a organização da Liga das Quadrilhas da Capital.

Cada vez mais estilizadas, as quadrilhas capricharam nos figurinos, adereços e ornamentação para ganhar os votos dos jurados e medir o sucesso com a plateia. Campeã do ano passado, a Fogueirinha, de Cruz das Armas, por exemplo, desfilou com uma nau alegórica com D. João VI e Carlota Joaquina a bordo para falar sobre a chegada da Família Real ao Brasil. Uma inovação da quadrilha (também adotada pela Sanfona Branca, de Mangabeira, que homenageou Gonzagão) contou com a praticidade de os dançarinos poderem trocar de figurino em cena.

Nos bastidores, o climão de estreia frente a um público de milhares quase paralisou de tensão alguns dançarinos. “É o nervosismo, misturado com a euforia e todo esse corre-corre de preparar um desfile em 52 dias”, enumerou Marcos Vinicius, que estava sendo amparado pelos colegas.

A rosa coincidiu de ser inspiração cenográfica e musical das quadrilhas Paraíba e a Lageiro Seco, ambas do Róger. Com um banho de fragrância no ar, a Paraíba investiu num tema que saísse do convencional, segundo informou o pesquisador Roberto Melo. De um gigantesco botão da flor, por sua vez, saíram os dançarinos da Lageiro Seco, que defenderam o tema “Do princípio ao fim: eis uma conquista”, dispostos a colecionar mais um título aos cinco conquistados em seis décadas de história (é a mais antiga em atuação).

“O São João faz parte da nossa cultura, e as quadrilhas juninas têm um poder de atuação muito forte enraizado nos bairros, construído durante o ano inteiro. O Festival pertence à cidade e ao povo, então fico feliz em poder estimulá-lo”, reconhece o prefeito Luciano Cartaxo. O Festival também ganhou a chancela dos Correios e Telégrafos, que aproveitou a data para lançar um selo comemorativo às quadrilhas do Nordeste.

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