Não deu nem tempo de embrulhar peixe, como as notícias de antigamente. A edição do Jornal Nacional desta terça-feira (29) não completou 24 horas e já caiu por terra a versão equivocada sobre um remoto e hipotético envolvimento do presidente Bolsonaro com os suspeitos de matar Marielle Santos. Tudo mentira.
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30) que o porteiro deu informação falsa sobre quem autorizou a entrada do ex-PM Élcio Queiroz. Segundo provas técnicas, o acesso ao condomínio foi liberado pelo comparsa do ex-PM, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa.
Que vexame. Por mais alvoroço que tenha causado, a reportagem do JN só foi levada em consideração pelos mais desatentos, inocentes ou francamente militantes contra o governo. Aceitar dói menos: a Globo foi, no mínimo, precipitada – portanto, irresponsável, diante de mínimos critérios jornalísticos.
Mas o estrago foi feito. Quem mais perde é a credibilidade de nossa combalida imprensa profissional. Vai demorar para a população recuperar os níveis de confiança que detinha antes de o país mergulhar nessa guerra de narrativas.
O império das fake news, os arautos da boataria e os correspondentes da internet profunda agradecem.
r7 – foto: reprodução globo