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João Batista o Homem do Deserto

Jesus disse que nenhum homem nascido de mulher é maior do que João Batista, Batista por que batizava, ele era o batizador. Segundo Mateus, João dizia: “Converta-se, porque o Reino do Céu está próximo”. “João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse”: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!” João usava roupa feita de pêlos de camelo, e cinto de couro na cintura, comia gafanhotos e mel silvestre”.

Nasceu na Judéia seis meses antes de Jesus seu primo, ele era filho de Zacarias um homem idoso, exercendo a missão de sacerdote no templo, onde o Anjo Gabriel o revelou o nascimento de seu filho, que denominou de João. Isabel sua mãe era estéril, também de idade avançada. Deus fez nascer no deserto do útero de Isabel, o homem que escolheu o deserto como moradia, na verdade desde a sua primeira hora, teve aquele bioma como habitat, mas nem por isso deixou de produzir enorme frutos, nem de aplainar os caminhos de Jesus e de seus filhos que somos nós.

Lá na Judeia que é uma região desértica, na qual atualmente é considerada parte da Cisjordânia pelos árabes, enquanto que para o governo israelense a região é a Judeia e a Samaria, excluindo Jerusalém oriental.A Judeia é uma região árida constituída de formações sedimentares que surgiram na época pré-histórica que se originaram no fundo de um lago salgado. Alguns desses rios são perenes – tem água o ano todo – e dão origem a alguns oásis ao longo do deserto.

Realmente, lá em Israel, mais da metade do país é composta de solos desérticos, com pouquíssima incidência pluviométrica e um clima hostil. Apenas 20% das terras de Israel são aráveis. Os solos dos desertos são constituídos principalmente a partir de processos de erosão eólica e caracterizam-se pela presença de minerais e pouca matéria orgânica, ou seja, são pouco férteis.

 Foi nesse lugar inóspito que João vivia, fez nascer ali uma Comunidade, a religião do caminho, o apóstolo André, o irmão de Pedro conviveu com ele e depois sob sua orientação seguiu o Messias, o filho Deus, com destemor o Batista, denunciava os descaminhos dos povos de então.

Depois de batizar Jesus no Rio Jordão, João ouviu do céu uma voz, dizendo: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada”. (Mateus 3, 13-14-15-16). Quando encontrou Jesus disse: Eis O Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo.

“O rei Herodes mandou prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão”. “Fez isso por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão”. Porque João dizia a Herodes: “Não é permitido você se casar com ela”. (Mateus 14, 2-4).

Quando chegou o aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou a Herodes. ”Pressionada pela mãe ela disse: Dê-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. “Depois, a cabeça de João foi levada num prato, foi entregue à moça, e esta a levou para sua mãe” (Mateus 14, 8-11).

São João Batista foi morto no ano 27 da era cristã, somente ele, por ter sido batizado ainda no útero de sua mãe quando no encontro com a Virgem Maria (a criança estremeceu em seu útero) a Virgem Maria (Imaculada Conceição)  e o próprio Jesus ( o filho Deus), são celebrados no dia de seus nascimentos, os demais, são celebrados no dia de suas mortes, nascem portanto, para o Céu, a vida eterna.

Realmente, João o Batista era um homem extraordinário, merece todas as homenagens da festa popular mais bonita do Brasil, o São João que daqui a pouco, notadamente em toda a região nordeste celebramos.

Nesses tempos em que a humanidade vive os desertos da alma, das dificuldades materiais e espirituais, cercados de Herodes, Herodíades e Salomés, o testemunho e a vida de João Batista, o homem do deserto, nos inspiram a seguir no caminho, endireitando as nossas veredas, à procura do Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo.

Por André Aguiar, em 23 de junho de 2021.

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