Já pensou em ser pago para não fazer nada? Pois é, é dessa forma que Shoji Morimoto, um japonês e 38 anos, leva a vida. “Basicamente, eu me alugo. Meu trabalho é estar onde meus clientes querem que eu esteja e não fazer nada em particular”, disse.
Ele cobra 10 mil ienes (R$: 367) por reserva para acompanhar os clientes e simplesmente existir. Só nos últimos quatro anos ele já fez cerca de 4 mil trabalhos deste tipo, e uma pessoa em específico já o contratou 270 vezes. Durante esses encontros, Morimoto já foi a um parque com uma pessoa que queria brincar de gangorra e acenou pela janela de um trem para um estranho que queria uma despedida.
Entretanto, ele não faz de tudo e já recusou ofertas como: pedidos para empurrar uma geladeira e ir para o Camboja. Solicitações de natureza sexual estão fora de cogitação. “As pessoas tendem a pensar que meu ‘não fazer nada’ é valioso porque é útil”, afirmou fazendo uma comparação com a valorização da produtividade e ridicularização da inutilidade. “Mas não há problema em não fazer nada. As pessoas não precisam ser úteis de uma maneira específica”, diz e explica que teve a ideia de trabalhar desta maneira porque quando estava empregado em uma antiga editora, muitas vezes ele era repreendido por não fazer nada.
Então, começou a se questionar o que aconteceria se “fornecesse sua capacidade de ‘não fazer nada’ como um serviço aos clientes”, conta. E o investimento deu certo. Hoje, essa é a sua única fonte de renda, com a qual ele sustenta esposa e filho.
Este morador de Tóquio, não revelou quanto ganha, entretanto, informou que por dia costuma atender de um a dois clientes. Antes da pandemia eram três ou quatro.
Jovem Pan – Com informações da Reuters