Coronavírus no Brasil

Isolamento ainda é única forma de combater a covid-19

Apesar dos números preocupantes, a maior parte da população ainda não foi exposta ao coronavírus, segundo especialistas. Além disso, o cenário é incerto, ainda sabe-se muito pouco sobre a covid-19. Em relação à imunidade adquirida por quem já se infectou, por exemplo, a durabilidade é desconhecida. No entanto, todos os estudos feitos até o momento mostram que não há casos de reinfecção pelo coronavírus.

Na verdade, não há nenhum estudo publicado no mundo sobre reinfecção. Então, em todos os casos que se presume ter havido reinfecção, como foi o caso da Coreia do Sul e outros estudos, esses vírus não eram viáveis, ou seja, o paciente não tinha reinfecção. Mas ainda não sabemos quanto tempo dura a imunidade que você gera pós-covid. E ninguém sabe, ainda, quando tempo vai durar a imunidade pós-vacina.

Diferentes países e farmacêuticas desenvolvem atualmente distintos tipos de vacinas. Todos ainda estão em fases de testes para comprovação de eficácia. Há também fatores posteriores à conclusão dos estudos, como produção em larga escala e distribuição, que também tornarão a disponibilidade do insumo à população uma tarefa mais complexa.

Para a professora de imunologia da UnB Andrea Maranhão, mesmo que a capacidade de proteção das vacinas não alcance patamares de 90% ou 100%, será possível avançar no combate à doença. “Conseguindo de 40% a 60% (de eficácia), você muda o curso da pandemia, diminui a circulação do vírus e isso vai causar, na curva de infectados, uma diferença que é socialmente significativa. No sentido de que, não tendo tanta gente doente ao mesmo tempo, a rede hospitalar consegue dar conta do recado. Mesmo quando não tem eficácia tão maravilhosa, já faria a diferença no aspecto epidemiológico”, analisa.

Vulnerabilidade – Enquanto a vacina não vem, no entanto, a única forma de evitar a infecção é por meio das medidas de proteção sanitária. O especialista Wildo Navegantes destaca, no entanto, a dificuldade de isso acontecer entre a população mais vulnerável. “Em alguns lugares, as pessoas conseguem fazer distanciamento social, o uso de álcool em gel e máscara; mas em outros, não, até porque não têm acesso, muitas vezes. E é para essa população mais frágil que o governo devia estar proporcionando não só saúde, mas assistência social”, argumenta o epidemiologista. “Não é sustentável manter a reabertura porque temos problemas históricos no DF, completa.

Proteja-se

Confira as principais medidas de prevenção e controle do coronavírus:

» Distanciamento e isolamento social
» Uso de máscaras de forma correta; é necessário cobrir o nariz e a boca
e usar o material dentro do período de eficácia determinada
» Manusear a máscara de forma adequada, sem apoiá-la em superfícies
que possam estar contaminadas
» Higienização constante das mãos, utilizando álcool 70% ou água e sabão
» Manter ambientes ventilados, com circulação do ar, para que gotículas suspensas caiam no chão
» Dar preferência a atividades ao ar livre
» Limpeza frequente de superfícies

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