Incêndio

Incêndio atinge galpão da Cinemateca em São Paulo

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Um incêndio de grandes proporções atinge um galpão que abriga parte do acervo da Cinemateca Brasileira, localizado na rua Othão, 290, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (29). 

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Neste momento, 17 viaturas do Corpo de Bombeiros atuam no local. A corporação informa que não há vítimas. O imóvel ocupa uma área de 8.400 m², sendo 6.356 m² de área construída.

Os bombeiros foram acionados às 18h04, quando enviaram quatro viaturas ao local. Cerca de meia hora depois houve reforço de mais sete viaturas no combate às chamas. Às 19h13, como informou a corporação, mais seis equipes foram enviadas para o galpão.

O prédio principal da Cinemateca Brasileira, localizado na Vila Mariana, não foi atingido.

Um manifesto divulgado em 12 de abril por trabalhadores da Cinemateca apontava que desde seu fechamento, em agosto de 2020, “não há corpo técnico contratado, o acervo segue desacompanhado e não há qualquer informação sobre suas condições”.

O texto alertava para riscos de acervo, equipamentos, bases de dados e edificação ser consumida por um incêndio.  “A possibilidade de autocombustão das películas em nitrato de celulose, e o consequente risco de incêndio frequentemente recebem mais atenção da mídia e do público.

A nota informa que em seus 74 anos, a Cinemateca enfrentou incêndios quatro vezes. O último, em 2016, destruiu mil rolos de filmes, correspondentes a 500 obras – a maior parte cinejornais. 

“O risco de um novo incêndio é real”, alertou o manifesto, que destacou o acompanhamento técnico contínuo como a principal forma de prevenção.

Em julho de 2020, o MPF (Ministério Público Federal) entrou com uma ação para que a União, com orçamento de R$ 12,2 milhões, viabilizasse a preservação e a gestão da Cinemateca, que já enfrentava uma crise de gestão desde 2019.

O local, segundo os funcionários, não recebia auxílios financeiros depois do fim do contrato com a Acerp (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto).

Alegando que a não renovação contrariou recomendações da administração federal, o MPF requereu que a associação tivesse o contrato mantido por mais um ano, partindo de 1º de janeiro de 2020, de maneira retroativa. O órgão pediu também que a União fosse impedida de suspender a parceria de forma unilateral, sem a Justiça autorizar. A ação, porém, foi suspensa em maio de 2021.

A Cinemateca Brasileira é responsável pela preservação da produção audiovisual do país e comporta o maior acervo da América do Sul. (R7)

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