Cotidiano

Ícone do Copacabana Palace, piscina ganha cara nova com obra de R$ 2 mi

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O Copacabana Palace vai gastar R$ 2 milhões para reformar um dos seus ícones: a piscina semiolímpica.

A partir de hoje (3), o espaço será fechado por 45 dias para ganhar um ar mais moderno. A calha em volta será trocada por uma “borda infinita” –a água escorrerá por uma espécie de cascata de mármore.

Na história de quase 96 anos do hotel, a piscina de 25 metros tem vários capítulos especiais. Já nadaram por lá a princesa Diana, Orson Welles, Mick Jagger e até Janis Joplin, completamente nua.

A nova versão é mantida em segredo por funcionários do hotel e da empresa envolvida na empreitada. O paisagismo será assinado pelo escritório de Burle Marx.

Para compensar o fechamento da área, a direção do hotel vai ampliar o uso a todos os hóspedes de uma piscina antes exclusiva.

Localizada no sexto andar, a “black pool” recebia até então apenas os ocupantes das sete suítes de cem metros quadrados –a diária média de cada uma é de R$ 12 mil.

Chefes de Estado, monarcas e astros do cinema e da música já frequentaram o espaço. Penelope Cruz e Javier Bardem são alguns dos que mergulharam na piscina de revestimento preto, que dá à água um aspecto escuro.

Quem não for hóspede não pode mergulhar ali, mas consegue frequentar o hotel. É possível fazer uma refeição nos três restaurantes próximos à piscina –o temporário Azul (nos salões frontais de frente para a praia, o italiano Cipriani e o pan-asiático MEE.

A modernização da piscina ao redor desse restaurantes faz parte de uma reforma do hotel, orçada em R$ 10 milhões. A maior parte da verba será gasta na renovação do Pérgula, que tem vista para a piscina. O restaurante ganhará uma “show kitchen”, espécie de cozinha aberta para os clientes assistirem ao trabalho do chef Filipe Rizzato.

O Pérgula é frequentado por cariocas endinheirados em busca de bons drinques, da feijoada e também do sofisticado brunch.

AULAS DE NATAÇÃO

A piscina semiolímpica do Copacabana Palace foi inaugurada em 1935, quando o hotel já tinha 12 anos na então vazia praia do bairro mais famoso do Rio.

Já teve várias versões –uma com trampolim; outra com uma ilha.

Primeira mulher brasileira a disputar uma Olimpíada (Los Angeles-32), Maria Lenk deu aulas de natação ali por duas décadas. Hoje, as aulas não fazem mais parte dos serviços do hotel.

Inaugurado em 1923, o Copa, como é chamado pelos cariocas, foi inspirado no Negresco e no Carlton, concorrentes da Riviera Francesa. Antes do cassino ser proibido no Brasil, o hotel abrigou roletas e shows com atrações internacionais da época.

O anexo do Copacabana Palace também serviu de residência para dezenas de ricos. Atualmente, apenas três moram lá. O mais famoso é o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman. Ele se mudou para uma das suítes de frente para a piscina após o fim do seu casamento com a jornalista Márcia Peltier, no ano passado.

Com diária média de R$ 1,4 mil, o Copa atrai principalmente os brasileiros.

De acordo com o hotel, 39,5% dos seus hospedes são do país, seguido dos norte-americanos (22,6%) e ingleses (6,4%). Entre os hóspedes brasileiros, os paulistas são os principais (31%).

“Estamos sempre melhorando o hotel. Dessa vez, decidimos mexer nesse grande símbolo para agradar ainda mais os nosso clientes”, disse a diretora-geral do hotel, Andréa Natal.

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